segunda-feira, 30 de julho de 2012

Olho na simulação

                                                                     Foto: Fifa.com
Se o leitor anotar uma partida de futebol, por exemplo da década de 1970, verá enormes diferenças, sobretudo em nível de tática. E notará em particular como o futebol jogado nos dias de hoje é rápido se comparado com a época de então.
O árbitro não foge à regra e também não está imune a esta evolução. A propósito, lendo recente edição da revista da Champions League da Europa, me chamou a atenção as afirmações de vários dirigentes da arbitragem européia, na sua maioria todos árbitros de elite, num passado não muito distante, defendendo que a intensidade do  futebol praticado na atualidade obriga o árbitro a manter excelente condição física, pois do contrário os homens de preto estão liquidados.
Digo isso porque hoje é impossível o árbitro e assistentes passarem despercebidos. Há de 10 a 20 câmeras de TV em volta do campo de jogo. Cada tomada de decisão da arbitragem é microscópicamente analisada e essas decisões devem ter elevadas doses de confiança, força mental e atenção.
Os árbitros estão, mais do que nunca, no centro das atenções em função da crescente sofisticação televisiva. Um gol perdido por um jogador, um penal desperdiçado ou mesmo o placar da partida não tem o destaque, por exemplo, de um equívoco do árbitro ou do assistente. Cada passo da arbitragem é analisado e as implicações financeiras tornaram-se desmedidas.
É imperativo ressaltar que dentre os óbices enfrentados pelos árbitros no futebol de hoje, está a incapacidade dos homens do apito no momento de detectar simulações de faltas e quedas principalmente nas imediações da área de pênalti. Por quê isso acontece? Resposta: porque os atletas de futebol, em especial no Brasil, conseguiram desenvolver práticas que transformaram este tipo de lance em verdadeiras obras de arte. Daí a necessidade de os árbitros estarem muito atentos e estudarem as características de alguns atletas que são useiros e vezeiros nesta prática, que é tipificada pela Fifa como antijogo e deve ser punida com cartão amarelo.
O árbitro do século XXI é como um atleta de alto de nível. Tem que ter capacidade de raciocínio para interpretar e aplicar as Regras do Jogo de Futebol de forma inteligente e estudar todas as táticas imagináveis e inimagináveis com enorme sensibilidade para compreender o espírito do jogo que vai dirigir. Além disso, deve ter confiança, serenidade e autoridade.

PS: é vergonhoso para o futebol pentacampeão do mundo, a designação pela CA/CBF, de um contingente considerável de árbitros e assistentes, que exibem a cada rodada do Brasileirão/2012, uma descomunal protuberância abdominal.  Pergunto:  a CA/CBF formada pelos senhores Sérgio Corrêa da Silva (presidente) e pelos membros Luiz Cunha Martins, Manoel Serapião e Paulo Jorge Alves, não veem as partidas do Campeonato Brasileiro? Não são informados do fato pelos delegados especiais ou pelos Assessores de Arbitragem?

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