segunda-feira, 16 de julho de 2012

Entrevista: Wilmar Roldan


Divulgação

Wilmar Roldan
 
O árbitro Wilmar Roldan, vai às Olimpíadas de Londres, o colombiano acredita que essa designação da Fifa é um prêmio pela sua persistência. Roldan, desde o início da sua carreira dirigiu 170 jogos no futebol profissional colombiano. Em 2008, o juiz antioquenho recebeu seu distintivo Fifa. Daí em diante, foram 9 jogos na Taça Sul-Americana, 21 na Taça Libertadores e 2 nas eliminatórias, são alguns números que falam do seu trabalho no futebol internacional.

No seu auge
Na edição da Copa Libertadores, Roldan dirigiu nove confrontos. "Fico feliz que as coisas estão acontecendo, que a Comissão de Arbitragem da CONMEBOL está me dando as oportunidades aos poucos. Eu acho que é um prêmio à perseverança, ao sacrifício, ao treinamento e pelo que faço no campo de jogo" , diz o juiz colombiano para explicar por que ele foi nomeado para o jogo final entre Corinthians x  Boca Juniors.

Primeira final internacional
Wilmar Roldán é atualmente o arbitro mais destacado da Colômbia. Seu desempenho lhe valeu ser escolhido como o referee da final da Copa Libertadores, disputada pelo Corinthians e Boca Juniors. Além disso, o árbitro em tela é um dos indicados para o Mundial do Brasil em  2014, e nas próximas horas viaja rumo a Londres, onde será um dos árbitros nos Jogos Olímpicos.

Roldan falou sobre sua vida profissional e dos seus futuros desafios a Revista Árbitros do meu amigo José Borda, confira a entrevista abaixo.

Como surgiu na arbitragem?
Num jogo na escola, na quinta série a professora apitou um pênalti. Eu lhe disse não era e que ela não sabia apitar. Em seguida me desafiou: "Apite se você sabe". Emprestou-me um apito de pinata, consegui uma caixa de goma, que foi o cartão amarelo, e um pacote de bombom, que  era o vermelho. A partir daí comecei a apitar.

Antes de ser árbitro o que sr. fazia?
Desde criança gostava de futebol. Eu era um zagueiro central e goleiro. Era um tipo assim como o uruguaio Paolo Montero, intimidava os atacantes e sempre estava nas brigas. O que tinha que fazer, fazia. O lema era que passava a bola ou o jogador, mas nunca os dois. Alguns deles permaneceram no meu pé.

Um ídolo ...
Num jogo Nacional contra Santos na Libertadores, apitou o argentino Javier Castrilli e naquele dia fiquei impressionado. Ele expulsou a John Jairo Trellez, que foi uma das coisas mais ousadas que eu já vi um árbitro fazer. Embora o estádio quisesse cair em cima dele,  ele mostrou muita personalidade.

Tem algo de Castrilli?
Temos um temperamento muito parecido. Desde que eu apitava em torneios regionais, as pessoas me disseram o "Castrilli do Nordeste '. Havia jogos que expulsava três ou quatro jogadores, o treinador, apitava pênalti no último minuto e nunca tive problemas.

Alguma vez um jogo ficou fora de controle?
Não, as pessoas começaram a acreditar em mim desde o início. Havia jogadores que me falavam iam me bater. Dava o vermelho e nunca dei um passo atrás.

Existe sempre o jogador que quer ser experto. Teve algum ?
No dia em que fiz a minha estreia, Arnulfo Valentierra se atirou na área e recebeu o cartão vermelho. Mas o mais complicado de dirigir é o Victor "Curo' Cortes, que segundo ele é um cristão e, quando está no campo de jogo é muito diferente. Se converte.

O seu trabalho é susceptível de erro. Qual é o que mais lhe dói?
Não gosto mesmo de lembrar, mas foi uma decisão de bom senso na final de 2008 entre a América e Chicó. Finalizei o jogo quando uma equipe estava atacando. Foi duro sair dessa queda. Além disso, fui punido quase três meses.

Oscar Julian Ruiz é considerado o melhor da Colômbia. Você vai atrás dele?
Não. Outro árbitro como Oscar Ruiz não haverá. Ele é único e é muito difícil de atingir o nível que tinha. Por enquanto, só estou focado em fazer uma boa apresentação nas Olimpíadas em Londres.

Como foi o seu desempenho no final da Libertadores?
Não deixei nada ao acaso. Assisti ao primeiro jogo e, por exemplo, notei alguns atritos entre os jogadores que mantive em mente para cortá-los desde o início.

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