segunda-feira, 9 de julho de 2012

CBF ignora o mais importante


A arbitragem brasileira está vivenciando momentos difíceis neste 2012. A cada jogo da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro, a capacidade, honestidade e imparcialidade dos árbitros são colocadas em cheque. Por que isto está acontecendo? Porque, mesmo sabendo com antecedência de que o  país Pentacampeão de futebol irá sediar a Copa das Confederações e a Copa de Mundo de 2014, a CBF não se preocupou até o presente instante em implementar um projeto de modernização de alto nível na arbitragem nacional. E, o que foi realizado até o momento, é pouco diante das exigências que cada árbitro  enfrenta a cada tomada de decisão nos jogos que apita.  
Projeto este que deveria ter como alvo principal a formação de dois trios de arbitragem de ponta para apresentar a Conmebol e a Fifa nas suas competições, sobretudo para a Copa do Mundo, e, por extensão, requalificar os demais homens de preto para os campeonatos que a CBF realiza.
 Mas isto não aconteceu e os problemas estão surgindo paulatinamente a cada partida  que a entidade que controla o futebol nacional patrocina. Falo isso porque tenho acompanhado a maioria dos jogos e o que se observa é uma seqüência interminável de equívocos de diferentes dimensões, com cada árbitro querendo fazer prevalecer nos jogos que apita, a sua interpretação e aplicação diferentemente do que está nas Regras do Jogo de Futebol.
Pois bem, na quarta-feira acontece em Curitiba a finalíssima da Copa do Brasil envolvendo Coritiba x Palmeiras, e ao invés de os atletas serem os principais protagonistas das discussões e do espetáculo, discute-se a qualidade e a credibilidade  da arbitragem escalada, que está no epicentro da decisão sob forte pressão em função do exposto acima. 
Diante do que se leu, resta ao bom árbitro Sandro Meira Ricci (foto/Fifa/PE) e aos assistentes Carlos Berkenbrok e Alessandro Rocha Matos, a dificílima missão de  desfocar as atenções que hoje está focada no trio de árbitros que vai laborar nesta partida, com uma atuação idônea, transparente e em consonância com as determinações da Fifa e do International Board, no que tange as regras.
PS: sentiu o leitor a força, o sentido e a preocupação da comunidade esportiva brasileira o que representa a omissão da CBF, no que diz respeito a gerar um período mais adequado no fim de “gerenciar” as arbitragens que como se sabe é o fator de importância decisiva para qualquer partida de futebol. No país esse setor vive o que conseguem realizar os árbitros por si próprios, eis que fossem depender da entidade nacional haveria uma graduação pior do que a média. É preciso dizer que chega o momento da CBF sem Ricardo Teixeira, criar algo parecido como a universidade das arbitragens. Caso isso não suceda, os sofrimentos perdurarão até um tempo que esgote a paciência do mundo da bola. Dito isso, nada mais a dizer.      

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