quinta-feira, 21 de junho de 2012

Collina avalia como positivas as arbitragens

Pierluigi Collina, responsável pela arbitragem da Uefa, ficou satisfeito com o nível das arbitragens nos 24 jogos da fase de grupos do Eurocopa/2012 e agradeceu aos jogadores pela sua conduta.

Mark Chaplin de Varsóvia
Avaliação positiva de Collina às arbitragens
Pierluigi Collina Press Conference - UEFA EURO 2012 ©Sportsfile
Pierluigi Collina, chefe do departamento de arbitragem da Uefa, expressou a sua satisfação pela qualidade da arbitragem nos 24 jogos da fase de grupos do Eurocopa/2012, e também elogiou os jogadores pelo seu comportamento geral no torneio até agora.
Numa opinião geral sobre os temas da arbitragem do torneio, que está  acontecendo na Polônia e na Ucrânia, Collina disse que o diálogo que precedeu o torneio entre os membros do Comitê de Árbitros da Uefa e os jogadores e treinadores de cada seleção teve um papel importante no reduzido número de casos verificados nos jogos.
"Houve um longo período de preparação para as equipes de arbitragem em vários aspectos, que as ajudou a conseguir as melhores exibições possíveis em campo", afirmou o ex-árbitro italiano, que apitou alguns dos jogos mais importantes a nível mundial durante a sua notável carreira. "Ao longo dos últimos dois anos, o feedback que temos recebido sobre o trabalho dos árbitros tem sido muito bom. O sentimento geral do mundo do futebol tem sido bastante positivo e estamos muito satisfeitos com isso".
"Os 12 árbitros escolhidos para esta Eurocopa estão, sem dúvida, entre os melhores da Europa", acrescentou Collina. "Depois dos primeiros 24 jogos, estamos satisfeitos com as exibições. Procuramos a consistência, algo que é sempre importante conseguir quando se está a interpretar as Leis do Jogo em campo - e, em particular, a tomar decisões relacionadas com foras-de-jogo e faltas. É preciso ser consistente e penso que  temos sido nesta competição".
Antes do torneio, membros do Comitê de Arbitros da Uefa reuniram-se com jogadores e treinadores nos estágios das seleções para discutir as instruções dadas aos árbitros selecionados para a competição. "Sentimos a necessidade de fazer com que as decisões dos árbitros sejam compreendidas pelos jogadores e treinadores, explicou Collina. "O feedback é muito positivo. O comportamento dos jogadores em campo tem sido elogiável, a nível de cooperação com os árbitros e de aceitação das decisões. Definitivamente, tem havido menos casos. Não tivemos cartões vermelhos por conduta violenta. Quero aproveitar esta oportunidade para em público, agradecer a todos os jogadores que participaram dos primeiros 24 jogos".
Collina disse que a preparação dos árbitros assistentes também progrediu nos tempos mais recentes. "No futebol moderno, o fora-de-jogo tornou-se muito importante. Decidimos dedicar mais atenção aos árbitros assistentes. Um staff de antigos árbitros assistentes trabalhou com os selecionados antes da  competição e temos aqui antigos árbitros assistentes a trabalhar como instrutores.
Quando um árbitro assistente toma uma decisão, pode levantar a bandeira ou deixá-la em baixo. Consideramos todas as decisões tomadas pelos árbitros assistentes envolvendo uma distância de um metro a partir da linha de fora-de-jogo, com o assistente a levantar a bandeira ou a deixá-la em baixo. Tivemos 302 decisões dessas nos 24 jogos, com 289 corretas e 13 erradas. Isto representa 95,7% de acerto, e isso é um grande resultado.
Mais importante ainda, 19 gols foram marcados numa decisão muito positiva tomada pelo árbitro assistente, ao deixar a bandeira em baixo. Estamos muito satisfeito com as exibições dos árbitros assistentes.
Os 31 jogos na Polônia e Ucrânia estão sendo dirigidos por um árbitro, dois árbitros assistentes e um quarto árbitro, auxiliados por dois árbitros assistentes adicionais, bem como um árbitro assistente suplente. Os árbitros assistentes adicionais estão posicionados junto à linha de gol, no contexto de uma experência em curso, autorizada pelo International Board, centrando atenções em particular nos jogadores dentro das áreas.
Numa avaliação geral, os assistentes adicionais contribuíram 16 vezes nos 24 jogos para decisões tomadas pelos árbitros, referiu Collina. Entre estas, houve três situações de gols validados ou não. Duas dessas decisões foram absolutamente corretas e a terceira foi, infelizmente, errada. Foi um erro humano cometido por um ser humano. Foi o único problema que tivemos nesta experiência, num número alargado de jogos da Uefa Champions League, Uefa Europa League e na Eurocopa/12. Temos dado o nosso melhor para que esta experiência funcione, e estamos a treinar muito os árbitros assistentes adicionais, preparando-os para estas situações que podem acontecer".

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