segunda-feira, 28 de maio de 2012

CBF acha inviável vínculo com árbitros

Segundo Sérgio Corrêa, presidente da Comissão de Árbitros da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), os árbitros necessitam de uma legislação específica para a sua função.
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Há quase duas semanas (dia 16 de maio), a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 6405/2002 para regulamentar a função dos apitadores no Brasil, uma proposta que tramitava no Legislativo desde a década passada. A regulamentação irá colocar os árbitros em um patamar mais respeitável, mas, por enquanto, é impossível pensar que os comandantes dos jogos terão um vínculo trabalhista com as federações para findar a profissionalização. Sérgio Corrêa apresenta ponderações econômicas para justificar a permanência dos apitadores como trabalhadores autônomos.
“Não tem como, é inviável, quem pagaria essa conta? Temos 600 árbitros no quadro. Se pagarmos R$ 1 mil por mês para cada um, que não seria um grande salário, o gasto mensal seria de R$ 600 mil. Com todos registrados em carteira, o valor sobe para R$ 1,2 milhão”, comenta o dirigente.
Na visão de Sérgio Corrêa, os árbitros necessitam de uma legislação específica para a sua função. Porém, independentemente da nova lei, o representante da CBF aponta que a realidade não terá mudanças em relação ao nível das arbitragens. Ele acredita que os erros – considerados em número elevado pela maioria dos críticos – estão relacionados com as limitações humanas.

“Vamos lembrar que a Fifa fez um investimento enorme na preparação dos árbitros para a Copa do Mundo de 2010 em todos os sentidos e tivemos erros graves, tanto no jogo da Irlanda nas eliminatórias contra a França, e naquele lance da Inglaterra contra a Alemanha. No fim das contas, o prejuízo pode chegar a milhões”, diz.

Ex-árbitro da Fifa, Sálvio Spinola Fagundes Fiilho concorda que os equívocos nas decisões mais importantes não têm relação com a regulamentação ou um futuro processo de profissionalização. “Os erros capitais continuarão, como acontece em qualquer lugar que tem futebol. Mas tende a haver mais segurança ao árbitro (com maior tempo de preparação)”, aposta.

Fonte: Gazeta Press / Safergs

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