segunda-feira, 23 de abril de 2012

Raio-X da arbitragem

                                                                Foto: Franklin de Freitas/JE
Rubens Maranho (in memmoriam), diretor de árbitros da Federação Paranaense de Futebol de 1982 a 1985, nas três décadas que vivencio o esporte das multidões,foi o único que teve coragem  e, sobretudo, elaborou um projeto de renovação no quadro de arbitragem da entidade, que lamentavelmente foi interrompido após sua saída daquele  setor.

Maranho, nas preleções que realizava semanalmente  aos seus comandados afirmava que, o árbitro para dirigir um grande jogo, deve possuir três qualidades imprescindíveis: aptidão, talento e sorte. Além disso, deve ter pleno conhecimento das Regras do Jogo e perfeito discernimento das leis que regem o futebol dentro do retângulo verde, pois de boas interpretações e aplicações dependerá o sucesso da sua arbitragem.

Feito o preâmbulo acima, Antonio Denival de Morais (foto), o árbitro de Coritiba 4 x 2 Atlético/PR, como afirmei aqui neste espaço, é um árbitro comum e para ter um desempenho de excelência no clássico deveria buscar na superação algumas qualidades que lhe faltam.

Superação que demonstrou num perfeito estado de espírito a cada tomada de decisão, no equlibrio, na frieza quando necessário, na imparcialidade ao longo de toda a partida, na inteligência e dependendo das circunstâncias, às vezes enérgico para manter sua autoridade na condução do jogo. Além do exposto, o nominado árbitro utilizou com muita exatidão a arbitragem preventiva, através do olhar, do diálogo, da expressão corporal, e, quando necessário, aplicou corretamente os cartões amarelos e vermelhos.

Gostei do posicionamento com a bola em jogo de Antonio Denival, o que lhe propiciou acompanhar e ter dentro do seu campo de observação os incidentes (técnicos e disciplinares). Outro fator que me chamou a atenção no indigitado apito, foi o bom desenvolvimento na coordenação psicomotora (agilidade, destreza e flexibilidade de raciocínio), acoplada a um perfeita acuidade visual. Nota da arbitragem, 10.

PS: o árbitro assistente diz a Fifa, é peça de informação, já o árbitro é o  único instrumento de decisão numa partida. Ao levantar sua bandeira e a posteriori e informar ao árbitro da agressão física, que foi cometida pelo atleta Guerron contra Lucas Mendes, o assistente Luis Santos Renesto agiu com correção. Errou ao não assinalar o "Off side" de Lincon no segundo gol do Coritiba.  

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