terça-feira, 24 de abril de 2012

Ouvidor x corregedor

                                                     Foto: Apito do Bicudo
O analista de arbitragem, Valdir Bicudo, informa que José Maria Marin, presidente da CBF, definiu que o ex-presidente da CA/CBF, Edson Resende Oliveira, será o corregedor de árbitros e o ex-assistente Fifa Aristeu Leonardo Tavares, vai ocupar a função de ouvidor de arbitragem da entidade que controla o futebol brasileiro.

Bicudo diz que "ambos são possuidores de trajetória brilhante no setor do apito nacional e detentores de caráter moral inatacável, porém entendo, que aceitaram uma missão desfocada da realidade que vivenciaram ao longo das suas carreiras na arbitragem.  Acredito que poderão ser úteis na melhora de condição à arbitragem brasileira desde que, não fujam das suas origens e coloquem em ação o Know how que acumularam com as inúmeras situações que viveram."

Confia a coluna do Bicudo:

Assistentes adicionais
O Brasileirão/2012, vai ter a participação de árbitros assistentes adicionais a exemplo do que já vem ocorrendo na Champions League e na Liga da Europa. Aliás, esse experimento teve a chancela de Michel Platini, que foi o precursor da idéia encampada pela Fifa e o Board. Vale destacar, que o experimento com os assistentes extras atrás das metas vem sendo observado por técnicos da Fifa e da Uefa, que elaboram relatórios minuciosos a cada rodada das competições européias. Esse experimento será testado na Eurocopa do ano em curso a partir de junho próximo, na Polônia e na Ucrânia.

Árbitros pusilânimes
Virou mania no futebol brasileiro. A cada intervalo de jogo ou final de partida, um grupo de atletas ciceroneado pelos membros da comissão técnica se dirigem ao quarteto de árbitros para desaprovar e reclamar das tomadas de decisões da arbitragem. É comum ouvirmos xingamentos via TV e vermos o dedo em riste no cenho dos homens de preto e até tentativa de agressão física por parte dos jogadores. De acordo com Joseph Blatter, o manda-chuva da Fifa, os árbitros são os guardiões das regras do jogo, mas para isso devem demonstar profissionalismo, ética, moral, qualidades sine qua non exigidas no cidadão que apita uma partida. Pergunto: por quê os árbitros ao invés de aplicarem cartão amarelo ou vermelho como preconiza a regra, neste tipo de situação, ficam inertes, aceitam dialogar e há um grupo de apitadores, que vai recuando....recuando.... e se não chega a polícia a coisa fica preta. Quanta covardia! Já imaginaram essa permissividade vergonhosa, que vem acontecendo a cada rodada nos campeonatos estaduais com a anuência dos árbitros ser estendida ao campeonato brasileiro que inicia no mês que vem? Com a palavra a CA/CBF.

Romam x Heber
Alguém precisa avisar os árbitros da Fifa e da Federação Paranaense de Futebol, Evandro Rogério Romam e Heber Roberto Lopes, que ostentar o escudo da Fifa no dorso não garante a continuidade no quadro internacional. Ambos, segundo fui informado, foram "preservados" do clássico Atletiba do último domingo, para serem utilizados nos dois jogos decisivos envolvendo, Coritiba x Atlético/PR. Ressalto que Evandro Romam e Heber Lopes não vivem um bom momento, mas a culpa pelo estágio de decadência que os assola é dos próprios. Explico: a indigitada dupla foi alertada inúmeras vezes, que se aceitassem o modelo de gestão fracassado que há muito prospera no setor da arbitragem do futebol paranaense, mais cedo ou mais tarde seriam vitimas desse sistema. Porém, ao invés de exigirem uma Escola de Árbitros formada por pessoas com alta qualificação, que lhes proporcionasse condições de buscarem requalificação, se omitiram.   

Excelente arbitragem
Enquanto a dupla da Fifa da arbitragem paranaense  é "preservada" e vivencia um momento ruim, o discreto árbitro, Antonio Denival de Morais, escalado por exclusão, realizou uma arbitragem de gente grande, no Coritiba 4 x 2 Atlético/PR.
O que há com Marcelo Henrique?

Discreto, sóbrio, equilibrado, cumpridor das Regras do Jogo, o excelente árbitro Marcelo de Lima Henrique (Fifa/RJ-foto), não vem sendo escalado nas competições da Conmebol. Não conheço o indigitado árbitro, mas pelo que sei do seu comportamento  social e pelo que tenho observado como guardião das Regras do Jogo de Futebol, acredito que uma boa conversa com o Dr. Marco Polo Del Nero, o dono da bola do futebol brasileiro, poderá equacionar o problema.
 
Sem "Jus esperneandi"
Embasada em estudos científicos sobre as ações desenvolvidas pelo corpo humano em diferentes atividades físicas no campo de jogo, que refletem diretamente nas ações do árbitro de futebol, a Fifa deverá limitar a idade do árbitro, que hoje é de 45 anos para 42 na Copa da Rússia.

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