sábado, 24 de março de 2012

Devemos transmitir credibilidade

Enrique Osses Zencovich (Fifa/Chile), é técnico industrial de profissão e trabalha em uma empresa de energia elétrica. O árbitro chileno  afirma que, busca conciliar os horários diários entre o escritório, a arbitragem e a família.  Sobre a maior preocupação no campo de jogo, Osses disse que quando está apitando, sempre procura a melhor posição no campo, para tomar a melhor decisão. Todas as situações são importantes durante o desenvolvimento do partida, mas acho que trabalhando para conseguir a melhor posição possivel pode ajudar a tomar as decisões corretas, disse ele.

Boa escola
O árbitro internacional afirma, que, o Chile sempre se caracterizou por ter árbitros muito bons, Carlos Robles, Rafael Hormazabal, Claudio Vicuña, Hernán Silva, Carlos Chandia, entre outros. "Nós temos uma escola muito boa, um trabalho dirigencial composto por ex-árbitros fora das estruturas do futebol e, acima de tudo, uma sólida base para progredir e evoluir", disse o juiz que começou sua carreira internacional em 2005, como assistente de Chandia e Pozo: Depois fiz a minha estréia na Copa Libertadores, posteriormente na Copa América, nas competições juvenis.  Em suma, um longo caminho de muito esforço, acrescentou.

                                               Enrique Osses -Foto: Ferplei.com
Muita responsabilidade
É uma sensação  muito especial dirigir uma eliminatória. O objetivo para o árbitro é não ter qualquer influência sobre o resultado, porque uma disputa de eliminatória, implica grande responsabilidade. Significa participar já da Copa do Mundo, embora na sua fase preliminar. São outros valores em jogo. É uma sensação especial, pois se sabe que um universo considerável está olhando o compromisso do árbitro e  a responsabilidade que nos toca é enorme. A tarefa de um colegiado é estar técnica, emocional e espiritual bem preparado. No meu caso, dirigir uma eliminatória foi emocionante, concluiu ele, que foi nomeado para o Mundial de Clubes da Fifa, no Japão no ano passado.

Experiência e condições
Sobre a sua experiência e as condições que deve ter um árbitro hoje em dia com o futebol que se joga , Enrique Osses disse que, deve ter muita sabedoria de futebol , conhecimentos técnicos  e excelente condição física, mas acima de tudo  é de fundamental importância saber fazer a leitura do jogo, que vai dirigir.  Também está em jogo o caráter, a sobriedade, a conduta impoluta, o bom trato social e boa capacidade psicológica. O futebol de hoje tem mudado tanto que é jogado a um ritmo alucinante, com muita intensidade, grande velocidade e o árbitro que queira se sobressair deve ter isso", disse.

Tolerância e credibilidade
Em relação àquilo que devemos tolerar nos atletas, Osses disse: o árbitro deve ter a capacidade de compreender os momentos em que se está desenvolvendo o jogo e entender um pouco o jogador, seus sentimentos e emoções que pode estar vivendo no jogo. A chave é ganhar credibilidade com os jogadores. Quando os árbitros transmitem credibilidade aos jogadores  é facilitado o nosso trabalho. Esse conhecimento é alcançado pelos atletas após observarem que o árbitro que está apitando fez a leitura do jogo e sua intenção e acertar ao máximo a sinalização das faltas, o que propicia a diminuição das discussões e reivindicações. Isto faz com que jogador respeite a autoridade do árbitro", concluiu.
Fonte: José Borda/Revista Árbitros

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