segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Qual é o segredo dos gaúchos?

"A pergunta do analista de arbitragem, Valdir Bicudo, do Paraná Online, lançada em meio aos ventos que sopram da movimentação dentro das quatro linhas de um campo de futebol,  busca investigar as razões do sucesso dos gaúchos na história do apito brasileiro."

No ano passado, a Federação Gaúcha de Futebol perdeu dois árbitros com escudo da Fifa. Carlos Eugênio Simon, atingido pela idade limite (45) e Leonardo Gaciba, que reprovou nos testes físicos da Fifa. Na última quinta-feira, Leandro Pedro Vuaden (Fifa) e Márcio Chagas da Silva (Asp/Fifa), não atingiram o estipulado no teste físico no Rio de Janeiro,realizado pela CA/CBF, e, por conseguinte, estão temporariamente afastados de qualquer competição da CBF.

Quando todos imaginavam e este escriba também, que o Rio Grande do Sul ficaria sem representante no apito em âmbito nacional, eis que surge no jogo Atlético/PR x Figueirense/SC, o notável personagem de Fabrício Neves Correa em substituição a Leandro Pedro Vuaden e realiza uma arbitragem com laivos de excelência.

Observando a escala do meio de semana, que acontece na próxima quarta e quinta-feira, deparo-me novamente com a presença de Fabrício Neves Correa, no jogo Fluminense/RJ x Avaí/SC, e, na partida América/MG x Santos/SP, noto a designação de Jean Pierre Gonçalves Lima (foto), 32 anos, que fez sua estreia na Série A, no choque, Atlético/GO 3 x 1 Coritiba/PR.
 
Jean Pierre Gonçalves Lima
Repito o título acima: qual é o segredo dos gaúchos? Resposta: uma escola de formação de árbitros composta por profissionais de excelência. Um sindicato de árbitros que tem uma diretoria cujo interesse precípuo, visa única e exclusivamente o seu associado, no caso o árbitro de futebol, proporcionando-lhe todas as condições necessárias para que o árbitro quando deslocar-se do Rio Grande do Sul para sua principal missão, que é cumprir as Regras do Jogo de Futebol e, especialmente do seu espírito, que é punir o infrator, o faça em consonância com a determinação da Fifa.

E, por último, a interação e o reconhecimento do significado do árbitro  numa partida de futebol, e a valorização dispendida pela Federação Gaúcha de Futebol, através do seu presidente Francisco Noveletto, ao quadro de árbitros da entidade.
Andre Luiz de Freitas Castro
PS (1): o membro do Conselho fiscal da Federação Paranaense de Futebol, Savio Christani de Pádua, que nunca apitou sequer uma pelada de futebol de menino de final de rua, foi escalado pela CA/CBF, para ser o Observador de Arbitragem, no prélio Coritiba/PR xCruzeiro/MG, na quarta-feira, no Couto Pereira, que terá no apito, o ótimo Andre Luiz de Freitas Castro (foto-Asp/Fifa/GO). Ao aceitar a indicação e escalar uma pessoa sem a devida qualificação para tão sibilina missão, a CBF comete um grandíssimo equívoco, e, conspira contra um princípio básico da Fifa, que preconiza que os membros das comissões de arbitragens e observadores de árbitros, devem ser ex-árbitros com notório conhecimento sobre as Regras do Jogo de Futebol. 

PS (2): em função de ter externado opinião contrária a escalação do membro do Conselho Fiscal da Federação Paranaense de Futebol, Sávio Christani de Pádua, como Observador da Arbitragem, amanhã à noite, no Couto Pereira, no jogo Coritiba/PR x Cruzeiro/MG, recebi via e-mail o Curriculum Vitae do indigitado dirigente.É um curriculum de bom conteúdo, mas não traz um til, uma vírgula ou uma letra, que afirme que Sávio Christani de Pádua, algum dia ao longo da sua vida exerceu a função de árbitro ou que tenha ao menos cursado ou sido diplomado como árbitro de futebol. Portanto, ao escalá-lo, a CBF comete equívoco inexorável e empobrece a qualidade do árbitro brasileiro. É função precípua do observador, avaliar o procedimento e o resultado da atuação dos componentes da arbitragem no exercício das suas funções. Esta avaliação, quando realizada de maneira adequada, ou seja, por pessoas que vivenciaram ou ainda vivenciam a condição de árbitro de futebol e suas nuances, é de extrema utilidade à CA/CBF, e, por conseguinte, aos próprios avaliados. O resto é trololó.

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