terça-feira, 13 de setembro de 2011

Não existe árbitro perfeito

Considerada uma atividade complexa, a arbitragem vem desafiando, através dos anos, sempre com empolgação, aqueles que se interessam pelos seus efeitos. Já disse que a difícil missão do árbitro comporta, além do mais, em acertar a marcação em fatos diferentes de jogo para jogo, alguns consumados de forma crucial.
Assim, lembrando os novos e, principalmente, os antigos, chega-se a uma conclusão que todos, ou quase todos se nivelam. A explicação é obvia. Mesmo que o interessado se dedique 24 horas por dia no exame das Regras do Jogo de Futebol, ele não vai atuar dentro do sistema exigido, pelas naturais dificuldades que cada partida faz transbordar, sempre alinhando circunstâncias diversificadas. De consequência, é difícil dizer que tivemos um árbitro perfeito ou iremos tê-lo no futuro. Fácil então concluir que toda a peleja de futebol é uma pedreira e que dificilmente o operador do apito tem raciocínio e agilidade para encontrar os meios de enfrentá-la.
Por tudo isso, ontem, hoje ou no futuro, poderemos ter árbitros mais compenetrados, porém perfeitos como Pelé, Garrincha, Maradona e outros foram, será impossível. Essa verdade é histórica e continuará fazendo história para nós que amamos o futebol para todo o sempre.
O Brasileirão 2011, expõe algumas verdades irretocáveis no quesito arbitragem. Há um grupo de árbitros que tem hesitado no momento de tomar decisões diferenciadas nas regiões do campo de jogo, sobretudo as denominadas áreas negras, dentre elas a área penal. A ausência de uniformidade se foi falta ou não, (simulação) e os critérios na aplicação dos cartões amarelos e vermelhos é um quesito que exige um posicionamento da CA/CBF, que está reunida na Granja Comary (Teresópolis/RJ, de 12 a 15 deste mês)), realizando o último seminário do ano em curso com a confraria do apito que atua nas competições da CBF.
A atuação dos assistentes, a comunicação corporal, a visualização e o trabalho em equipe poderia ser melhor, mas devido a falta de treinamento, acompanhamento e orientação das federações estaduais têm deixado a desejar. O posicionamento do árbitro durante determinadas situações no campo de jogo, abandonando a clássica diagonal e posicionando-se mais próximo dos lances cruciais, é outra deficiência apresentada pelos homens do apito. Em função disso, observarmos árbitros se chocando com atletas ou com a bola, porque se posicionam de forma inadequada com a bola em jogo. Além disso, o erro de posicionamento está obstruindo o campo visual dos árbitros em vários jogos, incidentes individuais agressivos de atletas distantes da bola e várias infrações no interior da área penal. E por último, um índice de dificuldade acentuada nas últimas rodadas dos assistentes na marcação dos lances de impedimento. Aqui um lembrete da Fifa: um bom posicionamento e ótima concentração são fundamentais para uma margem excelente de acertos.
 PS: Heber Roberto Lopes (Fifa/PR) e Paulo Cesar de Oliveira (Fifa/SP), são os árbitros do Brasil pré-selecionados para a Copa do Mundo de 2014, que acontecerá em território brasileiro. Ambos são os melhores quadros do país na atualidade e precisam ser blindados em caráter emergencial pela CBF, sob pena de serem “linchados”, a qualquer momento em função dos equívocos que vierem cometer nas tomadas de decisões no campo de jogo. Além do exposto, é bom lembrar sobretudo a mídia esportiva, que o árbitro é humano, não é uma máquina. Por isso tem direito de errar como qualquer mortal.

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