sexta-feira, 19 de agosto de 2011

No demais, é “sortudo”

Allan Costa Pinto

Os entendidos no assunto, afirmam que três fatores devem acompanhar um bom profissional. Aptidão, talento e sorte, condições sine qua non sem as quais nenhum ser humano alcançará êxito naquilo que for executar. Em se tratando do árbitro de futebol, é bom lembrar que os substantivos aqui mencionados, nem sempre são consuetudinários.
Além do exposto, é importante destacar que o árbitro deve ter pleno conhecimento das Regras do Jogo de Futebol e extremo discernimento, pois de suas interpretações e aplicações das leis do jogo corretamente, dependerá o sucesso da sua arbitragem.
Feito o preâmbulo acima, discorro sobre a conduta do árbitro Asp/Fifa, Luiz Flavio de Oliveira, da Federação Paulista de Futebol. Embora seja irmão de Paulo Cesar de Oliveira, o melhor apito do futebol brasileiro na atualidade, o indigitado árbitro desenvolve uma carreira independente tanto no futebol paulista como em âmbito nacional, e ostenta ao lado de um grupo seleto de árbitros do nosso futebol, de raríssima aptidão, talento e sorte.
Suas atuações no futebol paulista, e, posteriormente, ao ascender o quadro de Asp/Fifa da CBF, surpreendem por um motivo: seus jogos não tem problemas de nenhuma ordem. Há poucas semanas, dirigiu Santos x Palmeiras. Foi brilhante! Na quinta-feira que passou, no estádio João Havelange, apitou Flamengo/RJ 1 x 4 Atlético/GO, sem que tenha cometido um único equívoco nas suas tomadas de decisões no campo de jogo. E, neste jogo, acreditem, o rubro-negro da Gávea, o clube de maior torcida do mundo, perdeu a invencibilidade no Brasileirão/2011. Que a tríade, sorte, talento e aptidão características principais de Luiz Flavio de Oliveira, se impregnem em todos os árbitros da CBF e tenhamos ótimas arbitragens.
PS: Antonio de Carvalho Schneider (CBF-1/RJ), o árbitro de Santos/SP 2 x 3 Coritiba, na quarta-feira, na Vila Belmiro, cometeu alguns equívocos de interpretação, e por isso foi alvo de severas críticas. Inclusive, o Coritiba está elaborando um DVD com os equívocos e levará para apreciação da CA/CBF. Atitude corretíssima. Concordo que o árbitro em tela se equivocou em algumas interpretações e deve ser objeto de uma reorientação junto a CA/CBF. Agora, execrá-lo em função dos equívocos numa única partida entendo não ser correto. Quantos passes erraram os atletas de Santos x Coritiba? Quantos gols perderam os jogadores de ambas as equipes? Quantas faltas desnecessárias foram cometidas nessa partida de forma imprudente? Quantos cartões foram aplicados aos atletas por falta de conhecimento dos mesmos sobres as Regras do Jogo de Futebol? E o pênalti desperdiçado pelo Santos? Algum jogador será punido pelos equívocos ou erros que cometeu? Resposta: ninguém será punido. Pergunto: Então porque execrar o árbitro?

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