sexta-feira, 29 de abril de 2011

NOTA DE REPÚDIO DO SINDICATO DOS ÁRBITROS DE GOIÁS


O Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de Goiás – SAFEGO – vem de público manifestar seu REPÚDIO à inesperada decisão em trazer árbitros de fora para atuar nas semi-finais do campeonato goiano, não estando, tal atitude, à altura da compreensão e aceitação dos sindicalizados, uma vez que, cada árbitro individual e todos coletivamente, têm demonstrado dedicação e empenho no exercício sério e digno em todas as etapas do campeonato. Fica difícil manter a motivação quando se vê esforços sendo ignorados e páginas sendo viradas sem justa causa. Porém este Sindicato quer deixar para seus associados, a certeza da confiança no compromisso que todos têm demonstrado, parabenizando cada um e cada uma e que, apesar do inesperado, continuem de cabeça erguida, empunhando com dignidade a bandeira de um trabalho honesto, não alicerçado em esperanças vãs, mas construídas com as gotas de suor despendidas de suas frontes honradas que no silêncio e no anonimato dos dias, das tardes ou noites, depois de longa jornada de trabalho, ainda são dedicadas aos treinos físicos, aos exercícios e estudos, na busca do exercício correto de uma profissão que se faz no fio da navalha dos conflitos e dos julgamentos nem sempre tão justos. Lembrem-se do processo de resiliência e façam de situações como esta, oportunidades de crescimento e amadurecimento profissional, também faz parte de nossa formação a disciplina e em nome dela não acatamos, não concordamos, mas respeitamos a decisão tomada.
 Elmo Alves Resende Cunha
Presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de Goiás
Fonte: Safego 

Nota do Apito do Bicudo: O manifesto  de repúdio equilibrado, do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de Goiás, explicita o comprometimento daquela entidade com a confraria dos homens de preto goianos, e narra de forma fidedigna a ojeriza, o desprezo da cartolagem brasileira para com a principal personagem do jogo de futebol que é o árbitro, já que este fato está acontecendo em várias federações do país. Porque sem árbitro não tem jogo e quem decide assim que a bola rola é ele e ponto final.  Com raríssimas exceções, o árbitro de futebol no Brasil é tratado como um objeto descartável, vil, repugnante, mas  ao mesmo tempo que tudo isso acontece, ele, árbitro é o principal culpado por este estado vergonhoso.
  

Eis mais um fato que tem sido objeto de nossa filosofia em relação à independência dos árbitros que até o presente momento ainda não está juridicamente definida a sua situação no relacionamento empregatício. São vítimas frequentes da ingratidão dos cartolas brasileiros, chegando-se a ponto de marginalizá-los em proveito da importação de árbitros de outro estado.

 Caso, em tempo de prioridade os apitos brasileiros não adotem a política da unidade, cada vez será maior a área de sua subserviência aos dirigentes do nosso futebol. Um exemplo específico de submissão, acontece no futebol do Paraná, onde os árbitros pagam uma taxa de inscrição à Federação Paranaense de Futebol para apitar as suas competições. Isto aconteceu em 2009, 2010 e 2011, com cada árbitro ou assistente tendo que pagar R$ 135.00. E o  mais grave: com a  omissão, conivência e  submissão da Associação Profissional de Árbitros de Futebol do Paraná.   Parece que não existe no mundo uma categoria de profissionais tão dispersa a ponto de que cada um proteja os seus interesses mesmo que seja em prejuízo aos demais, daí se tornarem verdadeiros "bonecos" na mão do status quo que comanda o futebol brasileiro na atualidade.  E nada mais é preciso dizer com referência ao asssunto,  pois ora, foi dito tudo
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bicudoapito@hotmail.com.

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