segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Raio-X da arbitragem

Sábado, na Arena



Foto: Anderson Tosato

No livro Regras do Jogo da Fifa na página 101 está escrito: O árbitro considerará as seguintes circunstâncias no momento de decidir expulsar um atleta por acabar ou impedir uma oportunidade manifesta de gol: A distância entre o local da infração e a meta, a probabilidade de manter o controle da bola, a direção da jogada, a posição e o número de jogadores defensores. Diante do que o leitor acaba de ler,de quem foi ao jogo e viu pela TV, o árbitro de Atlético/PR 2 x 1 Irati, Adriano Milczvski (foto), cometeu o primeiro erro de forma escabrosa quando não expulsou aos 32' da primeira etapa, o goleiro João Carlos do rubro-negro da Baixada e não assinalou tiro livre direto contra o Atlético/PR. Aliás, neste lance, “estranhamente” o árbitro marcou escanteio.

O segundo erro, ocorreu na segunda fase quando o atleta Renê da equipe do Irati deu um abraço literal no atacante Lucas do Atlético dentro da área penal e o fraquíssimo árbitro Adriano Milczvski, ou não viu, e aí precisa ser submetido a um exame oftalmológico ou então precisa ser submetido a um processo de requalificação para entender quando se deve assinalar o tiro penal. Além do exposto, o nominado árbitro apresentou sérias deficiências de posicionamento e de deslocamento nas jogadas de alta velocidade. Arbitragem fraca, sem conteúdo e sem perspectiva de melhora. Nota 4,5. Seus assistentes Wesley Waldir Malmitt e Jefferson Cleiton Piva da Silva foram perfeitos no posicionamento e trabalho em equipe.

Domingo, na Vila Capanema

Foto: Allan Costa Pinto

Aos 27” da etapa inicial, o árbitro Heber Roberto Lopes (foto), advertiu com cartão amarelo o atleta Jéci do Coritiba equivocadamente. Por que equivocadamente? Porque quando um atleta pratica uma falta imprudente, o que significa que o jogador mostrou desatenção ou desconsideração na disputa com um adversário, ou atua sem precaução, não é necessário a punição disciplinar, diz a Fifa (livro Regras do Jogo pág. 91). Como o atleta em tela, aos 32' da mesma fase voltou a praticar uma nova falta, esta passível de cartão amarelo e o jogador já havia sido advertido erroneamente anteriormente, não restou outra alternativa ao árbitro senão expulsá-lo.

A expulsão de Rafinha aos 22' da segunda fase foi justíssima. O que não foi justo, foi a não expulsão do atleta Tai do Paraná Clube no mesmo lance, já que o meia paranista, excedeu na força empregada, correndo o sério risco de lesionar seu adversário. E a Fifa determina que o jogador que assim proceder deve ser expulso do campo de jogo. (pág. 91). Se o atleta coritibano não pula, a essas horas estaria todo quebrado e impedido de desempenhar sua profissão por um longo tempo. Disciplinarmente, três equívocos não aceitáveis em um árbitro que tem a categoria que tem Heber Roberto Lopes. Será que o indigitado apitador não vive um bom momento? Tecnicamente, o árbitro do clássico esteve muito bem. Seus assistentes Roberto Braatz e Roberto Vilar Neves foram perfeitos no trabalho de posicionamento e trabalho em equipe. Atuação regular em jogo de regular dificuldade. Nota 6,5


PS: O futebol no mundo e, por conseguinte, no Brasil movimenta através dos clubes cifras estratosféricas. Digo isso, porque os clubes investem e muito  na contratação de atletas, comissões técnicas, fisiologistas, psicólogos, médicos etc.., objetivando  propiciar entretenimento ao torcedor.   Diante do exposto, não se admite  que arbitragens medíocres  continuem  definindo os resultados no campo de jogo em pleno século 21, e provocando em muitas situações cenas de violência dentro e fora do estádio.  Os campeonatos estaduais exibidos pela TV neste 2011 em todo o país, atestam de forma inconteste  a pré--falência do atual modelo executado pelos árbitros. Um exemplo é o campeonato paranaense onde em três rodadas cinco penalidades máxima não foram marcadas pelos árbitros.

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