quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Árbitros estão sonegando os minutos

A Fifa especifica na Regra VII que a duração de uma partida de futebol é de 90 minutos, divididos em dois tempos iguais. A entidade que controla o futebol no planeta determina ainda que cada tempo de jogo deverá ser prolongado (acrescido) para recuperar todo o tempo perdido com substituições, avaliação de lesão de jogadores, transporte de atletas lesionados para fora do campo de jogo para serem atendidos, perda de tempo ou qualquer outro motivo. Já a duração da recuperação do tempo perdido ficará a critério exclusivo do árbitro, que deverá indicar o acréscimo no último minuto de cada tempo. A responsabilidade em exibir a plaqueta com os minutos de acréscimo é do quarto árbitro, que deve exibi-la de maneira visível aos espectadores, imprensa e atletas os minutos que serão acrescidos.

Recentemente a Fifa desenvolveu estudos que detectaram que uma substituição consome 38segundos cada, um atendimento médico 27segundos cada, tiro de meta 23segundos cada; tiro livre direto 28 segundos cada tiro livre indireto 19 segundos cada, arremesso lateral 14 segundos cada,  tiro de canto 18 segundos cada e as comemorações de gols 10 segundos.

Observando as primeiras rodadas dos diferentes campeonatos em todo o mundo neste 2011, constatei que na maioria das partidas que presenciei (in loco) ou pela TV, todas as equipes realizaram as três substituições permitidas pela (Regra III). Se levarmos em conta apenas o quesito substituição a arbitragem teria que adicionar três minutos, além do tempo normal, principalmente na segunda fase quando os técnicos gastam todos os cartuchos que possuem no banco de reservas. O atendimento médico no campo de jogo é proibido pela regra a não ser em casos específicos como o atendimento ao arqueiro ou contusão grave, por exemplo, se um atleta engole a língua ou um jogador de linha se choca com o goleiro e necessitarem de atendimento imediato, ou se ocorrer um choque violento entre jogadores, que atinja a cabeça, fratura de perna, etc.

Objetivando um tempo maior de bola em jogo, em 1980, a Fifa, determinou que somente o árbitro, após consultar o atleta, autorize a entrada da maca ou da ambulância (no caso de lesões mais graves), sempre acompanhadas do médico da equipe, exclusivamente para a retirada do jogador do campo. Tenho observado a presença da maca no campo de jogo e dos médicos em jogos via TV ou quando estou nos estádios,  em alguns casos as partidas ficaram paralisadas entre 35 e 40 segundos. Agora, o que me chamou a atenção é que os árbitros não adicionaram um segundo sequer em função dessa perda no tempo de jogo. Na execução do tiro de meta em algumas partidas, quando o placar é favorável à uma das equipes, houve casos em que os guapos ultrapassaram os 27 segundos para cobrá-lo e neste quesito também nenhum segundo foi acrescentado. Se levarmos em consideração os demais quesitos, fica explícito que a arbitragem tem sido conivente com o furto que vem sendo realizado na face do público e da própria TV, pelo menos nos jogos que acompanhei.
 Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com

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