terça-feira, 23 de novembro de 2010

Vítor Pereira: Explicar erros não resulta


O presidente da Comissão de Arbitragem (CA) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional reafirmou esta segunda-feira a necessidade de promover uma "reforma absoluta" no setor, que passa pela profissionalização e pela criação de um "órgão regulador único".

"O atual modelo está obsoleto. É preciso uma reforma absoluta desde a base", exigiu Vítor Pereira, perante uma plateia de alunos do curso de Administração e Gestão Desportiva da Universidade Autónoma de Lisboa, entre os quais Marco Fortes, recordista nacional do lançamento do peso.

O presidente da CA da Liga de clubes voltou a defender a profissionalização da arbitragem, exemplificando com a Liga norte-americana de basquetebol profissional (NBA): "Que sentido é que faz ter árbitros amadores numa competição profissional?", questionou.

Durante a aula aberta subordinada ao tema "O árbitro enquanto agente desportivo na preservação da ética", Vítor Pereira apontou o doping, a corrupção e a violência como as principais ameaças ao primado da ética no setor.

Vítor Pereira observou que as declarações de Lucílio Baptista após a final da Taça da Liga de 2009, entre o Benfica e o Sporting, nas quais o árbitro reconheceu ter marcado uma grande penalidade inexistente a favor dos encarnados não teve um efeito positivo.

"Não resultou, como se viu. Explicar os erros não resulta porque o que as pessoas querem é que os árbitros não errem", sustentou, apesar de prometer novo balanço das arbitragens na Liga e Liga de Honra "por volta da 15.ª jornada".

À margem da aula aberta, o presidente da CA da Liga de clubes garantiu a presença de um árbitro internacional no jogo do próximo sábado entre o Sporting e o líder FC Porto, da 12.ª ronda do campeonato, sem especificar qual.

Fonte: Record/Texto escrito em Portugal

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