segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Quem viver verá


FOTO: MHD
Mais do que nunca, nós da crônica esportiva garantimos o direito de opinar sobre a identificação dos valores que possam merecer crédito no decurso de um exercício futebolístico. Com efeito, colecionamos uma série de nomes, que durante o ano que está atingindo o seu crepúsculo, apitaram jogos nas principais competições da CBF e entidades estaduais, para naturalmente aquiescer um como especial.

Essa tarefa foi difícil. Difícil porque muitos foram ao patamar superior agraciados pelo talento próprio, raciocínio seguro e porte atlético. Tudo indispensável para que um árbitro figure com sucesso no desempenho das suas funções.

Poderia até o nosso internauta apoiar ou indicar um preferido. Todavia, a nossa consciência como estudioso e especialista em arbitragem, missão que já exercemos há muitos anos, decidiu eleger como personagem do apito no quesito revelação no corrente ano pela excelente temporada que apresentou em todas as competições da Confederação Brasileira de Futebol, o árbitro Marcio Chagas da Silva (foto/ao centro), que demonstrou amadurecimento suficiente para merecer a distinção de o árbitro revelação do Brasileirão/2010.

Não fora a extraordinária performance do seu conterrâneo Carlos Eugênio Simon, ousaria afirmar que Marcio Chagas da Silva foi o nome da arbitragem neste Campeonato Brasileiro pelos dotes que apresentou, cuja serenidade na direção de uma partida agrega todos os requisitos para uma agradável satisfação dos torcedores, dirigentes e atletas.

É a homenagem que se presta a Marcio Chagas da Silva nos seus 33 anos, que tem 12 anos pela frente para maravilhar internacionalmente o seu nome. Afinal, no último domingo, ao dirigir o prélio Corinthians x Vasco da Gama, não só foi um árbitro. Foi um senhor árbitro a destacar as virtudes incontestáveis que já lhe prometem dádivas futuras impressionantes. Como diria o mestre esportivo da Tribuna do Paraná de todos os tempos, Boluca: “Quem viver, verá!”. Marcio Chagas da Silva é o árbitro revelação do Brasileirão 2010 sem contestação.
Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com

Marquinhos falou e falou feio

Pesquisando notícias sobre a arbitragem em âmbito nacional e internacional no final de semana, deparei-me com uma entrevista do presidente da (Anaf) Associação Nacional de Árbitros de futebol, Marco Antonio Martins, ao conceituado Site Apito Nacional. A entrevista nominada me chamou a atenção em dois questionamentos, os quais transcrevo abaixo com as respectivas respostas do presidente da entidade que representa a arbitragem nacional.


17 - Não é incompatível ser presidente de uma entidade de arbitragem sendo árbitro em atividade?


R: O ideal seria que o presidente não estivesse na ativa, contudo, falando de mim, meus ideais para a classe estão estabelecidos, disto não abro mão, mesma estando momentaneamente na ativa. Cabe lembrar que um dos melhores presidentes que a entidade já teve até hoje, segundo a própria classe, foi Márcio Rezende, que em sua época foi árbitro da ativa durante todo o seu mandato.

18 - Espalhados pelo país, existem vários dirigentes de Sindicatos e Associações de árbitros que também são dirigentes de Comissões de arbitragens. Você é a favor ou contra?


R: Cada estado tem suas características. É difícil entrar nas particularidades de cada estado sem ter um real conhecimento da situação.

Ao primeiro questionamento, o presidente da Anaf, mesmo que desejasse responder com isenção, não está em condições de fazê-lo, pois é arbitro assistente do quadro nacional da CBF em plena atividade e se o fizesse estaria indo contra si próprio. Além do mais, é óbvio que dependendo da CBF para ser escalado nas suas competições o senhor Marco Antonio Martins, dificilmente entrará em choque com a entidade matter do futebol brasileiro e seus similares. Até porque é notório que em todas as oportunidades que alguém ousou enfrentar a "poderosa" cartolagem do futebol brasileiro foi "escanteado" e alguns atirados ao limbo.

Já na segunda pergunta, ao responder, Marco Antonio Martins (Marquinhos), proferiu talvez a mais infeliz declaração desde o momento que foi eleito presidente da Anaf. Digo isso, porque na condição de representante principal da confraria do apito nacional, o indigitado presidente, deveria por questão ética, legal e moral, se insurgir de forma veemente contra esta prática nefasta que está impregnada em várias federações estaduais, que está provocando um retrocesso qualitativo na formação do árbitro de futebol em todo o país. Basta observar o baixíssimo nível da arbitragem do Brasileirão/2010, onde observamos a cada rodada um desfile de árbitros malformados.

Apenas para citar um exemplo: Na Federação Paranaense de Futebol, o presidente da Comissão de Arbitragem, Afonso Vitor de Oliveira, ocupa também a presidência da Associação Profissional dos Árbitros de Futebol do Paraná. E, desde a sua ascensão aos dois cargos, a classe dos homens de preto paranaense vem acumulando uma série de perdas, as quais relato a seguir: 1) Apesar de ter sede própria, a sede dos árbitros paranaenses foi transferida para as dependências do Estádio do Pinheirão, que está interditado pela Justiça há mais de quatro anos. Consequência: Os árbitros da FPF não tem um local para reunir-se e discutir os assuntos de seus interesses.


2) Perderam o direito de viajar de ônibus leito e o percentual de 1% sobre as rendas dos jogos durante o Campeonato Paranaense. Além do exposto, em 2009, os árbitros da Federação Paranaense de Futebol, foram surpreendidos com a destinação de 2/3 da taxa de inscrição anual, que desde 1988 pertencia à Associação dos Árbitros à FPF. E, por último, em 2010, a FPF solicitou que a taxa de inscrição de R$ 175.00 per capita, fosse destinada integralmente à federação num caso "sui gêneris" no futebol brasileiro.

E o mais grave: nenhuma ação efetiva foi desencadeada pelo senhor Afonso Vitor de Oliveira para reverter o processo de perdas a que foram submetidos os árbitros do futebol do Paraná antes da sua ascensão e posterior a sua eleição. Acrescente-se ainda que, a FPF há vários anos repassa à Comissão de Arbitragem 2% da renda de cada partida do Campeonato Paranaense, o que representou nos últimos seis anos algo próximo de R$ 600.000.00 - (seicentos mil reais). Alguém aí acredita que o sr. Vitor de Oliveira vai enfrentar o seu chefe Helio Cury em benefício dos árbitros do Paraná? Pergunto: Há ou não incompatibilidade no exercício de ambas as funções? É notório que se o presidente da Associação dos Árbitros do Paraná, fosse apenas presidente da entidade que representa os apitos paranaenses, o mesmo poderia reivindicar as perdas nominadas junto a federação e lutar pelas reais pretensões dos seus associados.
É impossível conciliar ambas as posições, quando vive-se num país da cultura do "jeitinho", da famosa "Lei de Gerson", de levar vantagem em tudo.

Portanto, na nossa opinião, o fato de estar em plena atividade como árbitro da CBF, impossibilita Marco Antonio Martins de emitir qualquer opinião isonômica sobre os dois questionamentos e expõe a fragilidade da entidade que dirige.

Lamento pela classe dos árbitros, pois enquanto existirem pessoas com o perfil e a mentalidade retrógada de Marco Antonio Martins, independente da cultura que grassa no Brasil contra o árbitro de futebol, a arbitragem brasileira, continuará a ser tratada pelos “poderosos” cartolas do nosso futebol, de forma desprezível, como um objeto descartável e, por conseguinte, o árbitro seguirá a triste sina de ocupar o último vagão da última classe da locomotiva denominada futebol. Nos últimos anos, os fatos acima narrados, estão sendo desempenhados com “ brilho” na Federação Paranaense de Futebol.
PS: A leitura do livro sobre ética e filosofia do professor emérito da (Unicamp), Roberto Romano fará um bem extraordinário ao presidente da Anaf Marco Antonio Martins.

Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com

sábado, 27 de novembro de 2010

Reparação moral ao árbitro da Copa


Foto: Globo.com

Tribunal de Justiça determina pagamento de indenização para Carlos Simon por ofensas no livro Grêmio, Nada Pode Ser Maior, do escritor Eduardo Rômulo Bueno, o Peninha, e da empresa carioca Ediouro Publicações Ltda. Por Marco A. Birnfeld, Jornal do Comércio.


A 10ª Câmara Cível do TJRS, por maioria (2x1), aumentou de 25 salários- mínimos (atualmente R$ 12.750,00) para R$ 30 mil a reparação moral a ser paga a Carlos Eugênio Simon, ante o reconhecimento judicial de que determinadas passagens do livro Grêmio, Nada Pode Ser Maior são ofensivas ao árbitro de futebol. O julgamento tinha sido iniciado em 25 de junho e suspenso por um pedido de vista. O julgamento confirmou as conclusões de sentença proferida pela juíza Nara Elena Batista, da 13ª Vara Cível de Porto Alegre. Ela reconheceu a responsabilidade civil do escritor Eduardo Rômulo Bueno, o Peninha, e da empresa carioca Ediouro Publicações Ltda., que editou e comercializou a obra, condenando-os solidariamente. Todas as partes apelaram, naturalmente com objetivos diferentes.

O relator Jorge Alberto Pestana improveu todos os recursos, mantendo os 25 salários. O revisor Paulo Roberto Lessa Franz pediu vista para melhor avaliação. E o vogal Tulio de Oliveira Martins preferiu aguardar. O caso voltou à pauta e os dois novos votos proveram a apelação de Simon, aumentando o valor.

Nas peças do processo, Carlos Eugênio refere que exerce a profissão de árbitro de futebol há 26 anos, com atuação nacional e em todos os continentes. Nos últimos tempos - relata o apitador - começou a receber dezenas de mensagens e cartas lhe reportando que, no livro referido, estava sendo acusado de "ser um dos que roubou o Grêmio ao longo dos últimos cem anos".

O livro Grêmio: Nada Pode Ser Maior registra que um árbitro de nome Nuxi, que - na época (início do século passado) era chamado de "juiz de futebol" - foi "apenas o primeiro de uma vasta e infame estirpe de juízes que surrupiaram o Grêmio ao longo dos últimos anos, entre os quais é lícito incluir Armando Marques, Oscar Scólfaro, Edílson Soares da Silva, Dulcídio Wanderley Boschilla, Carlos Simon e tantos outros".

Na fundamentação da ação ajuizada por Simon, o advogado Ademar Pedro Scheffler sustentou que "está evidente que o livro afirma, com todas as letras, que o autor roubou o Grêmio, o que lhe atribui a pecha de ladrão". O julgado do TJRS - ainda sem acórdão publicado - admitiu que essa conjunção comprova o ato ilícito. (Proc. nº 70031865140).

Fonte: Marco A. Birnfeld, Jornal do Comércio

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Cruzeiro perde Cuca para as duas últimas rodadas e Perrella é punido


Cuca fora das últimas rodadas do Brasileiro
Técnico foi suspenso por duas partidas, enquanto presidente pegou 30 dias de gancho e multa de R$ 15 mil

José Geraldo Azevedo - Justiça Desportiva


Dentro de campo o Cruzeiro não teve prejuízos, já que o zagueiro Gil foi suspenso por apenas uma partida nesta sexta-feira, dia 26 de novembro, pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), e como já cumpriu está liberado para enfrentar o Flamengo. Mas fora dele, o prejuízo foi grande. O técnico Cuca pegou dois jogos de gancho e ele não estará no banco de reservas nas duas últimas rodadas do Brasileiro. Além disso, o presidente Zezé Perrella foi suspenso por 30 dias e ainda levou R$ 15 mil de multa, por ofensas ao árbitro.


O meia Gilberto, que não enfrenta o Flamengo por estar suspenso ainda em função da partida contra o Corinthians, pegou um jogo de suspensão, que já cumpriu automaticamente. Assim, ele pode retornar a campo diante do Palmeiras, na última rodada. O Cruzeiro ainda foi multado em R$ 2 mil pelo atraso no jogo contra o Alvinegro paulista.
Entenda o caso:
O presidente cruzeirense Zezé Perrella foi denunciado em virtude das inúmeras declarações de protesto contra o árbitro Sandro Meira Ricci, respondendo aos artigos 243-F (ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto) e 243-D (incitar publicamente o ódio ou a violência), ambos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
De acordo com a Procuradoria, Perrella manifestou-se em entrevistas após o jogo invocando teoria conspiratória e imputando ao árbitro, à CBF e seus dirigentes, à comissão de arbitragem e ao Corinthians condutas ou fatos ilícitos.
O Cruzeiro foi acusado de atrasar o reinicio da partida em seis minutos, pois não teria se apresentado no momento marcado para a volta do intervalo. Por isso, o clube respondeu ao artigo 206 (dar causa ao atraso do início da realização de partida) do CBJD.
De acordo com o relato do árbitro na súmula da partida, Gil foi "expulso aos 85 minutos de jogo, por dar um tranco nas costas de seu adversário, na disputa de bola, recebendo o segundo cartão amarelo", e que resultou no polêmico pênalti marcado em cima de Ronaldo. O zagueiro respondeu ao artigo 250 (praticar ato desleal ou hostil durante a partida) do CBJD.
Ainda segundo a súmula, após o término da partida, o lateral-esquerdo Gilberto dirigiu-se ao árbitro e proferiu as seguintes palavras de forma repetida: "Na bola o Corinthians não ia ganhar. Você está errado". Não contente por ter sido expulso, o denunciado continuou a reclamar: "Esse cartão vermelho não vai voltar a traz a m... que você fez". De acordo com a Procuradoria, as palavras são ofensivas e atingem a honra do arbitro, e configuram infração aos artigos 243-F e 258 (Assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva), ambos do CBJD.
Por fim, Cuca foi expulso aos 88 minutos de jogo ao “reclamar de forma desrespeitosa da marcação da arbitragem ao bater palmas de forma irônica”, e segundo a Procuradoria infringiu também o artigo 258 do CBJD.

Carlos Simon na lista dos melhores do Brasil


Foto: Clickr.com

Juntamente com o paulista Paulo César Oliveira e o brasiliense Sandro Meira Ricci, o ex-presidente do SAFERGS concorre ao Prêmio Craque Brasileirão.


Se na briga pelo título do Campeonato Brasileiro Cruzeiro e Corinthians são os que menos têm chances de levar o caneco, na disputa do Prêmio Craque Brasileirão a Raposa e o Timão saíram na frente do Fluminense. O time mineiro tem seis jogadores
indicados mais o técnico Cuca para o evento que acontece no dia seis de dezembro, no Rio de Janeiro. Já o paulista tem cinco atletas na disputa, mas com o meia Bruno César concorrendo a três prêmios.


Líder da Série A no momento, o Flu teve "apenas" três jogadores indicados, além do técnico Muricy Ramalho. Ao todo, 13 clubes têm atletas concorrendo. Os nomes foram divulgados nesta sexta-feira pelo técnico da Seleção Brasileira principal, Mano Menezes, e pelo treinador da Seleção Sub-20, Ney Franco, com uma novidade: desta vez não foram anunciados os três jogadores que concorrem ao prêmio de Craque do Brasileirão. A justificativa é que, divulgando os nomes, já se estaria antecipando os vencedores de suas respectivas posições.


Também já estão eleitos, através de votação popular desde o dia nove de novembro, os três finalistas do Craque da Galera. Bruno César, do Corinthians, Conca, do Fluminense, e Dedé, do Vasco, que também concorre a três prêmios, foram os mais votados. Em 2009, o meia argentino foi o vencedor e agora tenta o bi.


O evento no Rio, que ocorrerá no Theatro Municipal, terá como atrações musicais dos sambistas Diogo Nogueira e Arlindo Cruz. A festa ainda terá números com Marcelo Adnet. O atacante Ronaldo, o Corinthians - por conta do centenário -, a Seleção Brasileira de 1970 e a torcida do Bahia serão os homenageados neste ano.


Confira os três indicados por cada posição:

Melhor goleiro: Fábio (Cruzeiro), Jefferson (Botafogo) e Victor (Grêmio).
Melhor lateral-direito: Jonathan (Cruzeiro), Léo Moura (Flamengo) e Mariano
(Fluminense).
Melhor zagueiro pela direita: Alex Silva (São Paulo), Chicão (Corinthians) e Dedé
(Vasco)
Melhor zagueiro pela esquerda: Leandro Euzébio (Fluminense), Miranda (São Paulo)
e Réver (Atlético-MG)
Melhor lateral-esquerdo: Kleber (Internacional), Diego Renan (Cruzeiro) e Roberto
Carlos (Corinthians)
Melhor volante pela direita: Fabrício (Cruzeiro), Jucilei (Corinthians) e Willians
(Flamengo)
Melhor volante pela esquerda: Arouca (Santos), Elias (Corinthians) e Marcos
Assunção (Palmeiras)
Melhor meia pela direita: D'Alessandro (Internacional), Montillo (Cruzeiro) e Paulo
Baier (Atlético-PR)
Melhor meia pela esquerda: Bruno César (Corinthians), Conca (Fluminense) e
Douglas (Grêmio)
Atacante 1: Eder Luis (Vasco), Jonas (Grêmio) e Thiago Ribeiro (Cruzeiro)
Atacante 2: Kleber (Palmeiras), Loco Abreu (Botafogo) e Neymar (Santos)
Melhor técnico: Cuca (Cruzeiro), Muricy Ramalho (Fluminense) e Renato Gaúcho
(Grêmio)
Reveleção: Bruno César (Corinthians), Dedé (Vasco) e Neto (Atlético-PR)
Melhor árbitro: Carlos Eugênio Simon (RS), Paulo Cesar Oliveira (SP) e Sandro
Meira Ricci (DF)
Fonte: Globoesporte.com

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Quem precisa da Federação Paranaense de Futebol?


Prezados leitores, os senhores sabem que acompanho o nosso futebol desde que nasci. Pai jogador profissional, depois cronista esportivo, sempre acompanhei-o de perto, bem como todas alegrias e lamúrias do futebol de nosso Estado. E, em 1.990, quando iniciei profissionalmente no Rádio e depois na TV, estava atento aos acontecimentos esportivos e também políticos, pois neste ano se elegia a deputado federal o senhor Onaireves Rolim de Moura, então presidente da Federação Paranaense de Futebol.Tanto fez Moura, que fora "extraído" do comando do nosso futebol e, a partir daí, assumiu o senhor Helio Cury.
Sempre me comovi com o fato de que o poder é efêmero e tem data de validade a expirar, pois é salutar a troca de comando, mas quando se fala em Federações esportivas, parece que este poder é eterno. E, ao que me parece, teremos um novo ser eterno à frente da FPF. Se não bastasse a eleição em 2.008 para 4 anos de mandato, houve uma nova composição mantendo todos presidentes até o término da Copa do Mundo de 2014. Ou seja, seis anos.
Estaria tudo em ordem se nós percebessemos uma atuação brilhante deste senhor na função de presidente; mas não está nada bem; senão vejamos as minhas mais pontuais indagações:
1) O que o senhor Helio Cury fez para proteger ou auxiliar seu filiado Coritiba no evento de 6 de dezembro de 2.009?
2) Qual a participação do senhor Helio Cury no suporte ao Cori enquanto ficou sem jogar em seus domínios por vários meses?
3) Qual era sua posição quanto o contestado supermando onde por 2 anos consecutivos premiou os clubes da capital e massacrou os sétimos e oitavos colocados?
4) Qual a participação do senhor Helio Cury em defesa do CAP quando fora roubado em Porto Alegre na última semana?
5) O que o senhor Helio Cury tem feito para defender o Atlético e os interesses de seu filiado no Campeonato Brasileiro, o qual trata-se do único representante do Estado?
6) Qual a proposta do senhor Helio Cury para ajudar o filiado Paraná Clube que está a um passo de fechar suas portas?
Em verdade, caros leitores, este senhor é omisso no que tange a proteção de seus fortes filiados pois é sabedor que o voto de Coritiba, CAP e Paraná tem o mesmo valor do voto das ligas menores que o elegem. Portanto, se vire trio-de-ferro!!!
O direito do contraditório é do senhor. Saiba que tens mais quatro longos anos para me responder, e principalmente, aos torcedores do nosso futebol, pois ainda não sabemos o que fazes aí?

Fonte:Paraná Online

Parreira defende árbitros do Brasileiro


Para o ex-técnico das seleções brasileira e sul-africana a pressão sobre a arbitragem é "quase uma covardia".


Na reta final do Campeonato Brasileiro, os árbitros dividem o protagonismo com os jogadores a cada rodada. Carlos Alberto Parreira, ex-técnico da seleção sul-africana, citou a Copa do Mundo de 2010, marcada por erros dos juízes, para defender a classe no torneio nacional. "É uma pressão muito grande em cima dos árbitros. Eles estão errando como sempre erraram, mas esses erros agora estão muito mais expostos, como aconteceu na Copa do Mundo. Houve erros gritantes na Copa do Mundo, tanto é que o uso da tecnologia foi amplamente debatido e continua a ser cogitado pela FIFA", afirmou Parreira.

Dois dos maiores erros do Mundial aconteceram nas oitavas de final. No confronto entre Inglaterra e Alemanha, o uruguaio Jorge Larrionda invalidou um gol legitimo de Frank Lampard. Já no duelo contra o México, o argentino Carlitos Tevez marcou um gol em completo impedimento, validado pelo italiano Roberto Rossetti.


Nas últimas rodadas, o Campeonato Brasileiro também vem sendo marcado por polêmicas. No confronto entre Corinthians e Cruzeiro, por exemplo, o árbitro Sandro Meira Ricci foi detonado pelos mineiros depois de assinalar pênalti do zagueiro Gil sobre o atacante Ronaldo.


"Os árbitros hoje vivem uma pressão muito grande, uma cobrança enorme. A palavra covardia talvez seja muito forte, mas é quase isso. Mesmo vendo 10 vezes e em câmera lenta, você sempre tem dúvida. Imagina o árbitro, que precisa decidir em uma fração de segundo", defendeu Parreira.
Fonte: Safergs

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Cruzeiro quer colocar na próxima reunião do Clube dos 13 a discussão sobre a atuação dos árbitros


Valdir Bicudo

O Cruzeiro de Belo Horizonte quer colocar na próxima reunião do Clube dos 13 a discussão sobre a atuação dos árbitros no Brasileirão/2010. Os dirigentes do clube mineiro acreditam que levando essa pauta na reunião da entidade mobilizará os demais a pressionar a Comissão de Arbitragem da CBF. A questão é que a pressão não tem relevância, pois os árbitros são autônomos em relação aos clubes. O correto, seria o Clube dos 13, do qual a equipe da capital das alterosas é membro, e que fatura uma grana altíssima a cada temporada, apresentar um projeto de excelência em conjunto com a CBF para a melhora da qualidade da arbitragem no Brasil.
Por exemplo: viabilizar mecanismos para que a Comissão Nacional de Árbitros (Conaf) implemente o ponto eletrônico para o quarteto de árbitros utilizar em todos os jogos das Séries A e B e estabelecer critérios de requalificação dos árbitros na própria federação, de onde o árbitro é originário, como faz a Premier League na Inglaterra e a Uefa nas suas competições. Gestionar junto ao presidente Ricardo Teixeira para que seja extinto o atual quadro de Observadores de Arbitragem, instituído pelo ex-presidente da Conaf Edson Rezende, que foi banalizado em todo o País, com a presença de uma legião de "alienígenas " e "apadrinhados" dos presidentes das federações e recriar este quadro com ex-árbitros com notório conhecimento sobre as Regras do Jogo. Só para argumentar: A Federação Paranaense de Futebol indica para desempenhar a função de Observador de Arbitragem nas competições da CBF, quatro pessoas que nunca apitaram sequer uma partida de futebol de pelada. É aviltante e um escárnio para a arbitragem nacional este fato.
Quando ficar comprovado que houve equívocos de arbitragem poderia submeter o árbitro ou assistente a uma bateria de testes e somente escalá-lo novamente após apresentar totais condições. O Clube dos 13 poderia formar uma comissão de no máximo três pessoas para auditar a atuação dos árbitros nos quesitos psicológico, teórico, físico e prático, para daí questionar junto à Conaf.
Também poderia realizar uma audiência pública na sede da CBF todas as vezes que ocorrerem equívocos de arbitragem e, através da Conaf, convocar a imprensa, os torcedores e principalmente os atletas e dirigentes para esclarecer se o árbitro ou assistente tomou a decisão em consonância com a regra.
E, por derradeiro, de onde virá o numerário para a implementação dessas medidas revolucionárias para a melhora qualitativa do árbitro de futebol no Brasil? Resposta: da CBF e do Clube dos 13, já que são eles que celebram os vultuosos contratos publicitários e recebem as estratosféricas verbas de patrocínio do Campeonato Brasileiro. Ou investe-se naquele que interpreta e aplica as regras do jogo no retângulo verde ou então manter-se-á o status quo vigente. Com a palavra o Clube dos 13 e a CBF.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Vítor Pereira: Explicar erros não resulta


O presidente da Comissão de Arbitragem (CA) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional reafirmou esta segunda-feira a necessidade de promover uma "reforma absoluta" no setor, que passa pela profissionalização e pela criação de um "órgão regulador único".

"O atual modelo está obsoleto. É preciso uma reforma absoluta desde a base", exigiu Vítor Pereira, perante uma plateia de alunos do curso de Administração e Gestão Desportiva da Universidade Autónoma de Lisboa, entre os quais Marco Fortes, recordista nacional do lançamento do peso.

O presidente da CA da Liga de clubes voltou a defender a profissionalização da arbitragem, exemplificando com a Liga norte-americana de basquetebol profissional (NBA): "Que sentido é que faz ter árbitros amadores numa competição profissional?", questionou.

Durante a aula aberta subordinada ao tema "O árbitro enquanto agente desportivo na preservação da ética", Vítor Pereira apontou o doping, a corrupção e a violência como as principais ameaças ao primado da ética no setor.

Vítor Pereira observou que as declarações de Lucílio Baptista após a final da Taça da Liga de 2009, entre o Benfica e o Sporting, nas quais o árbitro reconheceu ter marcado uma grande penalidade inexistente a favor dos encarnados não teve um efeito positivo.

"Não resultou, como se viu. Explicar os erros não resulta porque o que as pessoas querem é que os árbitros não errem", sustentou, apesar de prometer novo balanço das arbitragens na Liga e Liga de Honra "por volta da 15.ª jornada".

À margem da aula aberta, o presidente da CA da Liga de clubes garantiu a presença de um árbitro internacional no jogo do próximo sábado entre o Sporting e o líder FC Porto, da 12.ª ronda do campeonato, sem especificar qual.

Fonte: Record/Texto escrito em Portugal

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Para Ciro Camargo, "a situação chegou num ponto intolerável"

Na avaliação do presidente do SAFERGS, "tem muita gente falando disparates nos microfones" ao criticar o desempenho da arbitragem no Campeonato Brasileiro.



As recentes polêmicas envolvendo a arbitragem no Campeonato Brasileiro, motivaram algumas reflexões por parte de Ciro Camargo, presidente do SAFERGS. " Aplaudo integralmente a manifestação do Sérgio Correa (presidente da CONAF) em defesa do Sandro Ricci. É um crime o que estão fazendo com este rapaz. O Sérgio agiu muito bem analisando o lance polêmico à luz das regras do jogo e, ao mesmo tempo, preservando a honra de um jovem e promissor talento da arbitragem brasileira", declarou Ciro na última quinta-feira, na sede da entidade.

O comandante sindical dos árbitros gaúchos foi além dizendo que, em sua opinião, a Comissão Nacional de Arbitragem deveria se manifestar toda vez que ocorrer lances que gerem dúvidas.

- Seria interessante que a CONAF criasse a cultura de se posicionar publicamente nestas
ocasiões, refutando ou confirmando eventuais erros, sempre com base na aplicação das regras do jogo estabelecidas pela FIFA. Seria uma forma de matar a polêmica no nascedouro dando satisfações para torcedores, dirigentes e crônica esportiva - acredita Ciro.

O presidente do SAFERGS foi duro ao criticar as declarações contra a arbitragem.

- A situação chegou num ponto intolerável, tem muita gente falando disparates nos microfones. Não me refiro às críticas ao trabalho desenvolvido no campo de jogo. É natural que ocorram reclamações em relação a um lance ou outro. Faz parte do jogo, afinal os árbitros não são infalíveis. O que me preocupa é o linchamento moral. Por isto apoio a decisão do Sérgio Correa e do Sandro Ricci em recorrer ao judiciário em busca da reparação da honra ofendida, a exemplo do que fez o nosso Carlos Simon em ocasiões semelhantes - arrematou, enfático, Ciro Camargo.

Fonte: Assessoria de Imprensa do SAFERGS

“O mais bonito do futebol é a polêmica”

Fonte: Direto da fonte/O Estado de São Paulo

Ele acha que está ficando “velhinho”. A razão são os 30 anos completados no último dia 8. “Estou fazendo três ponto zero e ficando preocupado, poxa”, diz, fazendo graça. Luís Fabiano Clemente, o Fabuloso, hoje, tem um único objetivo: voltar à Seleção Brasileira de Futebol. Para isso, diz não poupar esforços. Embalado pela máxima do “sou brasileiro e não desisto nunca”, o jogador sabe dos limites físicos, mas também de suas superações: “Só depende de mim”, afirma.
A história é a seguinte: esse paulista de Campinas, que seria engenheiro se não fosse atleta, ganhou o coração dos são-paulinos em sua passagem pelo clube, quando foi apelidado de Fabuloso. A temporada no tricolor paulista foi um intervalo entre duas idas à Europa. A primeira, aos 19 anos, quando não se adaptou. E o retorno, anos mais tarde, quando conseguiu se estabelecer. “Não aconselho jogadores muito novos a saírem do Brasil. Eles não têm maturidade para encarar todas as dificuldades de uma vida na Europa”, afirma.
Há cinco anos o craque mantém uma sólida carreira no Sevilha e vê com bons olhos o futuro da carreira. “Conheci vários jogadores acima dos 30, e até dos 33, jogando na Copa em ótimo estado físico”. Nos planos, além de um futuro retorno ao Brasil está, claro, a Copa de 2014. O jogador conversou com a coluna por telefone. A seguir trechos da entrevista.
Passados quase seis meses, qual é sua reflexão sobre a atuação da Seleção na Copa? O que pensou sobre os erros e acertos?
Com certeza não estou satisfeito. Só estaria se tivéssemos conquistado o título. Ou pelo menos chegado até a final. Não foi o que eu esperava. Tinha expectativa de ir longe, passar da Holanda. Mas o trabalho foi feito da melhor maneira. Futebol é feito de surpresas e nem sempre das melhores. Infelizmente aconteceu a falha naquele jogo. E na Copa do Mundo não pode haver falhas.
Você afirmou que quer uma revanche contra a Holanda.
Eu gostaria muito. Se a idade permitir… (risos).
Sua idade será 33 anos na Copa de 2014…
Acho que vou estar em uma idade boa. Vi vários jogadores acima dos 30, e até dos 33, jogando na Copa em ótimo estado físico. Isso só depende de mim. Se eu me dedicar e me cuidar, tenho grandes chances de poder defender o Brasil.
Como avalia seu desempenho e a vida na Europa depois de cinco anos no Sevilha?
A experiência de viver fora é muito boa. Serve para conhecer outras culturas e marca o resto da nossa vida. Além do que, é muito mais tranquilo. Em termos de segurança, é totalmente diferente do Brasil. Vivo num país de Primeiro Mundo.
Você foi com 19 anos para a Europa e não se adaptou. Discute-se muito a idade com que o jogador vai para um time estrangeiro. Na sua opinião, é melhor sair do País mais maduro, com mais bagagem e cacife emocional?
Eu, por experiência própria, não aconselho jogadores muito novos a saírem do Brasil. Isso se ele for um jogador parecido comigo, com personalidade e história. Acho que, sendo muito novo, o atleta não está preparado para encarar todas as dificuldades na Europa. Se for para vir sozinho, então, é melhor nem viajar. Porque com certeza vai voltar. É muita pressão, são mudanças de costumes. Esperar um pouco, amadurecer e se preparar é a melhor saída.
E como explica seu retorno bem sucedido à Europa alguns anos mais tarde?
Depois de dois anos e meio no São Paulo, voltei preparado. Já sabia o que teria de fazer para manter minha vida diária agradável. No começo, você sente falta dos amigos e da família. Como o treino é só na parte da manhã, a tarde é livre. No inverno é muito frio, mal dá para andar na rua. Há também uma outra questão: a maioria dos jogadores de 17 anos sabe da dificuldade de se vencer no Brasil, e se vê na obrigação de aceitar qualquer proposta estrangeira.
A torcida espanhola é muito diferente da brasileira? Acredita que falta alegria ou paixão?
Torcida é igual em todo o mundo. Quando você está jogando bem, te colocam no céu. Quando não, te puxam para baixo. Agora, no campo, realmente é diferente. No Brasil o jogo é mais agitado, as torcidas organizadas cantam, gritam. Aqui, o jogo se parece com um espetáculo de teatro, eles aplaudem e só. Eu, afortunadamente, jogo em um lugar onde a torcida é muito parecida com a do Brasil.
O que pensa do uso de novas tecnologias na arbitragem, como a consulta de TV para rever os lances, por exemplo?
Sou contra. O mais bonito do futebol é a polêmica. Senão fica como o futebol americano: tudo certinho, mecanizado. Eu já fui prejudicado muitas vezes e beneficiado outras. Futebol é isso. É lógico que quando fui prejudicado eu fiquei “pê” da vida. Mas, pensando bem, tem que ter um pouquinho de polêmica para dar graça (risos).
Como avalia o episódio em que Dorival Júnior, técnico do Santos, foi demitido depois de um desentendimento com Neymar?
Tem que entender o lado do garoto. É uma grande pressão para um menino novinho que se deslumbra fácil com as coisas. Eu com 20, 21 anos, também fazia e falava besteiras sem pensar. Não estava preparado para tudo que compete uma carreira de futebol. Acredito que tem de compreendê-lo. Mas isso não significa deixá-lo fazer o que quiser. O Neymar tem talento de sobra. É um grande jogador e que precisa de ajuda. Porque, sem isso, ele vai se perder.
E onde você conseguiu encontrar o seu equilíbrio?
Hoje, com 30 anos, tenho minha família, que é a base de tudo. Mas quando eu era garoto e tinha problemas de disciplina, tive ajuda de todos os lados. Fui até a um psicólogo.
Romário, um dos seus grandes ídolos, foi eleito deputado federal pelo Rio. Você tem essa aspiração política também?
Não é minha praia. E eu não entro em lugar desconhecido.
Como você reagiu ao saber do caso Bruno? Se assustou?
Eu fiquei chocado. Não é algo normal de acontecer com um jogador. Ainda mais de um grande clube como o Flamengo. E fiquei chocado também pelo final trágico dessa história.
A sua trajetória é como a de muitos jogadores brasileiros. O que o dinheiro lhe trouxe?
Sabe, eu não sou obcecado por dinheiro. Não saí da favela e nem de Alphaville. Venho de uma família de trabalhadores. Minha mãe sempre trabalhou, assim como meu tio. Então, nunca me faltou o que comer ou condições dignas. O que o dinheiro me trouxe foi conforto, mas não felicidade. Isso eu encontro na família, nos amigos.
Pensa em voltar a jogar no Brasil em algum momento?
Sim. Meu plano é voltar após o término do meu contrato com o Sevilla, em 2013. É cedo para falar sobre isso e, principalmente para pensar no clube. Vamos deixar acontecer.
Quais são seus desafios profissionais daqui para frente?
Voltar à Seleção. Mas sei que só serei convocado se estiver jogando bem. E isso é bom para o meu clube também. Se tudo der certo, disputo mais uma Copa. No Brasil. E com 33 anos.
MARILIA NEUSTEIN

Presidente do SAPERJ pede afastamento do comandante do GEPE


Desmentidos contra o árbitro Felipe Gomes no STJD levaram o Saperj a solicitar o afastamento do comandante do GEPE

Absolvido pelo STJD no dia 8 de novembro, o árbitro carioca Felipe Gomes da Silva revelou ter ficado indignado e triste com o depoimento do Major Marcelo Moreira, comandante do GEPE, que o levou a ser denunciado por deturpar fatos ocorridos após o clássico entre Botafogo e Vasco valido pela 24ª rodada do campeonato brasileiro de 2010. Na ocasião, ele descreveu na súmula da partida que o presidente do Botafogo, Maurício Assunção, teria proferido as seguintes palavras: “Você é muito azarento, só erra contra o Botafogo”, enquanto André Silva, vice de futebol do mesmo clube, teria dito: “Você é safado, ladrão, vagabundo, você tem que apanhar aqui”. No entanto, durante o julgamento dos dirigentes alvinegros o Major Marcelo Moreira testemunhou em defesa do Botafogo e afirmou que tal situação não aconteceu.
"Fiquei surpreso em ver alguém como o Major, que devia estar ali para nos proteger, não digo mentindo, mas se equivocando dessa maneira. Não sei qual foi a intenção dele", desabafou o árbitro na ocasião. Quem também ficou indignado com o ocorrido foi o presidente do SAPERJ, Jorge Fernando Rabello, que solicitou na ultima quinta feira (18) ao Presidente da FFERJ, Dr. Rubens Lopes, que encaminhasse o ofício do SAPERJ de nº 38/2010 ao comandante geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro, solicitando o afastamento do major de suas funções a frente do GEPE.
O presidente Rabello ao cobrar o afastamento do comandante sai na defesa de seus associados e sinaliza que atitudes como essa não serão admitidas por parte do Saperj. O apitonacional parabeniza o presidente Rabello pela atitude firme e corajosa tomada neste episodio.
Fonte: Apito Nacional



PS: A atitude de Jorge Rabello é digna de elogios, merece ser ressaltada e expõe de forma cristalina seu compromisso com a confraria do apito do Rio de Janeiro, ao defender de maneira intransigente seus filiados. Rabello, age de maneira diferente de alguns sabujos que ocupam a presidência da associação dos árbitros e simultaneamente a direção da arbitragem, que para se perpetuarem no cargo, agem de maneira peŕfida, traindo a própria classe, cobrando taxas absurdas dos árbitros e concordando com a subtração de conquistas de muitos anos e propiciando prejuízos à esta categoria. Meus cumprimentos a Jorge Rabello.

Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com

Clique e veja abaixo o oficio do Saperj na íntegra.

Raio-X da arbitragem


Foto: Edu Andrade / Gazeta Press
Quando um árbitro deixa de agir com isonomia nas tomadas de decisões no campo de jogo, os erros na marcação de faltas, pênaltis, impedimentos e a aplicação de cartões tornam-se clarividentes. O desempenho da arbitragem de Sálvio Spínola Fagundes Filho (Fifa/SP), no prélio, Grêmio 3 x 1 Atlético/PR, no Olímpico, em Porto Alegre, no sábado, teve estas caraterísticas.


A partida foi disputada sob um clima de fortíssimas pegadas e em alguns momentos teve indícios de uma guerra, como a maioria dos jogos deste Brasileirão que é um campeonato dificílimo. Além disso, os atletas no Brasil conseguiram desenvolver com rara perfeição, a prática da simulação, prática essa imposta com muita “perfeição”, pelo gremista Edilson, aos 11 minutos da etapa final, que desequilibrou-se numa jogada dentro da área de pênalti e acabou levando no “bico” o bom árbitro Sálvio Spínola, que assinalou pênalti inexistente contra o rubro-negro da Arena da Baixada. Não foi pênalti, e o atleta do Grêmio, deveria ser punido com cartão amarelo por ter simulado ter sofrido uma falta. (Conduta antiesportiva).


O árbitro brasileiro não conseguiu ainda diferenciar simulações, puníveis com cartão amarelo e tiro livre indireto, de quedas casuais em função de um contato físico ou mesmo de um tropeço, quando não deve ser marcado. A culpa, é dos próprios árbitros, que ao invés de buscarem a requalificação, buscam a próxima escala.


PS: O Cruzeiro quer levar ao Clube dos 13 na próxima reunião a discussão sobre a atuação dos árbitros no Brasileirão. Os dirigentes do clube das alterosas acreditam que levantar essa pauta na reunião da entidade mobilizará os demais cartolas a pressionar a Comissão de Árbitros da CBF. O entendimento do Cruzeiro após a partida contra o Corinthians, que entendeu inexistente o penal que decidiu o cotejo, nem uma relevância tem, isso porque os árbitros são autônomos em relação aos clubes. O correto, seria a entidade Clube dos 13, que fatura uma grana altíssima a cada temporada, apresentar um projeto de excelência em conjunto com a CBF para a melhora da qualidade da arbitragem brasileira. Por exemplo: Viabilizar mecanismos para que a (Conaf) Comissão Nacional de Árbitros da CBF, implemente o ponto eletrônico para o quarteto de árbitros utilizar em todos os jogos da Séria A e da Série B. Estabelecer critérios de requalificação aos árbitros na própria federação de onde o árbitro ou assistente é originário a cada rodada como faz a Premier League na Inglaterra e a Uefa nas suas competições.

E, quando ficar comprovado que houve equívocos, submeter o árbitro ou assistente a um bateria de testes e somente escalá-lo novamente após apresentar totais condições. O clube dos 13 poderia formar uma comissão (três pessoas) - para auditar a atuação dos árbitros nos quesitos psicológico, teórico, físico e prático, para daí gestionar junto a Conaf. Criar um grupo de instrutores formado por ex-árbitros com notório conhecimento sobre as Regras do Jogo, objetivando a requalificação da arbitragem nacional e extinguir o atual quadro de Observadores de Árbitros da CBF, composto em vários estados por um grupo de “alienígenas”. De onde virá a grana para a implementação dessas medidas revolucionárias para a melhora qualitativa do árbitro de futebol no Brasil? Perguntem a CBF e ao Clube dos 13.

Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com

domingo, 21 de novembro de 2010

Dutch Referee – the blog for soccer referees


Discipline and sacrifice brought Carlos Simon 3 WC’s

Carlos Eugenio Simon in action. Photo from Simon's Twitter

Referee Carlos Eugenio Simon is preparing to hang up his whistle at the end of the season. He’s mentioned as a candidate for Minister of Sport in his counrtry Brazil and perhaps will engage in political life in the near future.

Written by Valdir Bicudo, a befriended Brazilian journalist and referee commentator at Parana Online.
Simon was the Brazilian representative in the last three World Cups. He’s, as a well-known referee, adored by many and opposed by many other fans. In an interview with Parana Online, Simon speaks about all the years in his career, the experience gained over time, analyzes the current arbitration in Brazil and abroad, and comments on the need for professionalization of refereeing and the changes that may revolutionize the role of the officials on the field and football as a whole.

Carlos Eugenio Simon graduated in journalism and wrote the book Na Diagonal do Campo (On the diagonal of the field) about the rules of the game and the routine of an referee. In addition to three World Cups, Simon also officiated four finals of the Brazilian Championship, five cup finals in Brazil and another one of the Copa Libertadores and the World Club for Clubs, which will be held again December of this year.

You are the most important Brazilian referee these days. What is the feeling of having participated in three World Cups, a milestone in Brazilian arbitration?
Carlos Eugenio Simon: “The feeling of participating in a World Cup is wonderful – think of three. All of this is the result of much discipline, sacrifice and determination. It is worth noting the importance of family support, referees, assistants and friends.”

Why did the referees and linesmen during the recent World Cup in South Africa make mistakes to such an extent, even though the selection process was considered unprecedented by Fifa when it comes to arbitration?
“Most of the decisions were correct. There were a few mistakes, but fallibilityis part of being human. I think referees and assistants did proper training and preparation. A process which is progressing.”

Why were you and your assistants Altermir Hausmann and Roberto Braatz, although you’ve all done an excellent job, not scheduled in most games?
“We did our part, which was coming to South Africa on and work competently. We worked on two sets which had great magnitude and were praised by everyone – the committee, instructors, colleagues and the press. We are referees and are not responsible for scales.

What is the influence of the media on the work of the referee in Brazil, South America and the world?
“Some in the media world knows or has worked in the arbitration, but the majority knows very little of this activity.”

Are you in favor of the professionalization of arbitration in its entirety or only for the major competitions? In Brazil, there are conditions for the professionalisation of football referee?
“It’s the only way I see it. Football has long ago turned into a big business and the referee remains ‘amateur’. I’ve always defended and will continue to support the professionalization of refereeing.”

What o you think of the implementation of two more assistants behind the goal?
“From what I’ve read and heard so far, I am in favor. I think these introduction of these AR’s will help a lot, yes.”

How do see the use of technology in football?
“The chip in the ball would be one solution, for example in WC situations in games of England and Germany, where the ball crossed the goal line completely for 33 inches and cannot be seen with the naked eye by arbitration. I support a chip in the ball. What do not favor is to stop play and look at the replay. “

What about the suffering of the referees and assistants when their performance is shown with 32 television camera’s?
“As I wrote earlier, the emotions and pressures are strong in football and we need support from psychologists, coaches, instructors, body language. All this to ease the tension.”

Isn’t the use of high technology versus a referee who has only two eyes unfair?
“It may be unfair, but we live in an age of technology. But the mathematics of arbitrage is also unfair. If you whistle ten games and make a mistake in one, is it that one they remember. The official takes on average about 150 decisions in a game and hits most, but there’s a debate that he is wrong. “

You leave the FIFA because of the age limit of 45 years. Which Brazilian referee will succeed you?“The Brazilian Arbitration is competent and have referees who may well succeed me.”

What are your projects after you’ll stop?
“For now I do not think much about it. I want to finish my career in full physical, technical and psychological strength.”

This guest blog is translated from Portugese. Mistranslations are my bad, but you can find the original text on Bicudo’s blog. I’m very happy we could exchange copy for our blogs. If you have a good idea for a guest blog, you are more than welcome.

Read also other articles from Valdir Bicudo on the Dutch Referee Blog.


PS: Uma entrevista à nós concedida pelo árbitro Carlos Eugênio Simon (Fifa-RS), lançada na internet, inclusive no PARANÁ ONLINE, do Grupo Paulo Pimentel, teve sua traduação para o inglês, feita pelo Doutor em jornalismo Jan Ter Harmstel na (Holanda), que de sua vez, publicou-a na íntegra no seu site DutchReferee.wordpress.com, que tem um curso dinâmico de seguidores em todo o mundo. Recebo como um prêmio a publicação da excelente entrevista de Simon no indigitado site e, por conseguinte, tenho a certeza absoluta de que esta publicação premia e reconhece as qualidades do mais categorizado árbitro brasileiro de todos os tempos do nosso futebol, recordista em finais de Campeonato Brasileiro e recordista em participações em Copa do Mundo (2002, 2006 e 2010).

Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com

sábado, 20 de novembro de 2010

Prevenção às lesões nos árbitros de futebol


Cléber Abade sofreu lesão na panturilha em jogo da Série B do Brasileiro.

Atualmente o futebol tem se tornado um esporte mais exigente em relação à capacidade física, aumentando assim o número de lesões no decorrer dos anos.
Inicialmente, essa preocupação estava relacionada exclusivamente ao jogador de futebol e atualmente os árbitros mostram que, para exercer com excelência a arbitragem, é necessário um condicionamento e treinamento de alto nível, estando assim, suscetível às mesmas lesões que todo atleta tem.
Esse cenário tem levado ao afastamento dos árbitros de partidas, testes e competições importantes, que são muitas vezes decisivas para o crescimento e realização profissional. Isso nos leva a refletir sobre a profissionalização dos árbitros, dando a eles condições para que possam melhorar e se prevenir contra os desfechos indesejáveis.
Sabe-se que, hoje, a fisioterapia exerce um papel fundamental na medicina desportiva, tanto para o tratamento quanto para prevenção de lesões. Tema esse, fonte de inúmeros estudos na área desportiva. A fisioterapia tem se preocupado em atuar na prevenção das lesões na prática esportiva para homens e mulheres, devido há fatores importantes como, por exemplo, custo de tratamento e tempo de afastamento. Esses fatores para arbitragem são de suma importância para que não ocorra a perda da qualidade.
As lesões mais comuns nos árbitros normalmente são: lesões ligamentares do joelho e tornozelo (entorses), tendinopatias (tendinites), lesões musculares e lesão por estresse.
Uma das formas mais adequadas para se prevenir essas lesões é o treinamento sensório motor, que está relacionado à propriocepção específica para cada situação. O termo propriocepção foi originalmente definido por Sherrington em 1906 como “percepção da articulação e dos movimentos do corpo tão bem quanto à posição ou segmento do corpo no espaço”, para que o organismo conheça de forma involuntária, gerando uma adaptação de como se deve comportar em relação às diversas situações que oferecem risco de lesões durante a partida.
Inúmeros programas de prevenção têm sido desenvolvidos para modificar tanto as características neuromusculares quanto biomecânicas, na tentativa de reduzir as lesões. Tipicamente, esses programas incorporam uma combinação de exercícios de equilíbrio, pliometria (saltos controlados), agilidade, resistência e componentes de flexibilidade. Todos realizados em circuitos de treinamento especificamente desenvolvidos por um fisioterapeuta que estuda qual o mecanismo de lesão mais comum para os árbitros.
Esses treinamentos são realizados periodicamente durante todo o processo de pré-temporada e com manutenção dos ganhos durante os períodos de jogos.
Doutor Carlos Eduardo Pinfildi
Professor da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – Santos
http://www.pinfildi.com.br - Refnews

Simon: "Há jogadores que fazem inveja a qualquer ator"


Árbitro gaúcho, Leonardo Gaciba e Roberto Braatz concordam num ponto: jogador brasileiro cai mais dentro da área para simular o pênalti

Após uma rodada do Campeonato Brasileiro, é normal ver ao menos um técnico ou jogador reclamar de pênalti não marcado para sua equipe. Incomum são os árbitros falarem dos atletas. Na tarde desta sexta-feira, três representantes da arbitragem brasileira defenderam a classe no Arena SporTV. Carlos Eugênio Simon, Leonardo Gaciba e Roberto Braatz contaram como lidam com as tentativas – muitas vezes bem-sucedidas – de simulação dentro da área.
O curioso é que, em comparação com os principais campeonatos do mundo – Alemão, Argentino, Espanhol, Inglês e Italiano -, é no Brasil onde mais se assinala pênalti. Nas 35 rodadas da competição nacional, já foram marcadas nada menos do que 120 penalidades.
Para Simon, essa média de 0,34 pênalti por partida é reflexo da cultura “cai-cai” de muitos jogadores brasileiros, que, para ele, são verdadeiros atores.
- As faltas dentro da área são iguais a qualquer outra. Mas dentro da área o jogador se transforma. Ali o jogador vai para cair. Tem jogadores que fazem inveja a qualquer ator. Então o árbitro tem de estar muito atento. Tem de ter 110% de concentração – disse o árbitro.
O assistente Roberto Braatz fez coro com Simon:
- A intenção de enganar é muito grande.
Agora ex-árbitro, Leonardo Gaciba diz que, em caso de simulação, é o jogador quem deveria ficar em evidência no dia seguinte à partida, e não o árbitro que não assinalou a penalidade. O gaúcho lembrou também que os juízes não têm o recurso da imagem para decidir se um lance foi ou não pênalti.
- Já vi jogadores me chamarem de covarde. A verdade que chega ao torcedor vem dos olhos da câmera, e o que decide são os olhos do árbitro. Essa é a diferença. Por isso, o nível de acerto tem de ser maior dentro da área. No caso de simulação, quem tem de ser capa do jornal no dia seguinte é o jogador, e não o árbitro – afirmou.
Além da liderança nos pênaltis, o Brasileirão tem também a maior média de faltas cometidas por partida: são 35,6, contra 29,7 da Espanha. Simon, Gaciba e Braatz também têm explicação para o fato de no Brasil serem marcadas mais faltas do que na Europa. Os três acreditam que, para a cultura europeia, o interessante é ver o jogo rolando, e não parado a todo momento.
- Lá na Europa tem muito tempo de bola rolando, mas com muito passe para o lado. Aqui no Brasil tem pouco tempo para respirar, a marcação é mais em cima – opinou Gaciba.
- Na Europa, se o árbitro marca muita falta, o jogador reclama, porque ele quer jogo. Aqui o jogador quer a falta – disse Braatz.
Já Simon acha que isso é um “problema” que precisa ser resolvido com um esforço coletivo.
- Em um passado recente, eram 50 ou 60 faltas (no Campeonato Brasileiro). Depois o número caiu para 30. Neste ano está em 37. Essa é uma cruzada que envolve jogadores, árbitros, imprensa… O árbitro, sozinho, não vai conseguir resolver – disse o árbitro da Fifa.
Fonte: Refnews

Arbitragem paranaense sem pré-temporada?



Fui informado que o contrato do quadro de arbitragem da Federação Paranaense de Futebol com a Faculdade Assis Gurgacz termina no final deste ano. Com isso, os árbitros da FPF correm o risco de não realizarem a pré-temporada e não ostentar a logomarca de nenhum patrocinador nas suas indumentárias no Campeonato Paranaense de 2011.



Tal razão me levou a pesquisar e obter informações fidedignas com a direção da Faculdade Assis Gurgacz e me foi confirmado: o contrato termina no final de 2010 e a sua renovação está sendo objeto de estudo por parte da Universidade. A informação me foi passada pela assessoria de imprensa da faculdade.

Como o atleta, de igual, o árbitro de futebol necessita de um tempo preparatório para o exercício da sua importante função. Em 2009/2010, isso aconteceu em razão de um convênio com a nominada faculdade da cidade de Cascavel (PR), diga-se muito eficaz nesse sentido e perfeitamente estruturada para tal.

A cartolagem que domina a Casa Gêneris Calvo no tarumã tinha conhecimento da duração do contrato, em específico Afonso Vitor de Oliveira, presidente da Comissão de Árbitros da entidade e da Associação Profissional dos Árbitros. Espera-se que em caso de uma negativa da faculdade em tela, a FPF e a Associação dos Árbitros já disponham de um novo patrocinador para estampar a sua logomarca nos uniformes dos homens de preto do futebol paranaense.



Com isso, por extensão, que os valores acordados financeiramente sejam destinados em benefício do quadro de arbitragem da entidade. Espera-se também que, no ano que vem, não seja cobrado o meião a exemplo deste ano (R$ 10.00) de alguns árbitros.

PS: José Renê Stavinski, o nome que vem sendo trabalhado nos bastidores por Afonso Vitor de Oliveira para sucedê-lo no comando da associação dos árbitros , segundo informações (não será presidente da entidade dos árbitros se não quiser), irá lutar pelo retorno do 1% que os árbitros tinham sobre as rendas do Campeonato Estadual? Irá providenciar uma sede aos apitos paranaenses, que embora tenham sede própria (foi alugada), não tem onde se reunir? Vai lutar para reaver a taxa de inscrição que desde 1988 pertenceu à classe e de forma submissa foi cedida à FPF pela atual diretoria? Vai viabilizar mecanismos para que seja implementada uma Escola de Árbitros de Excelência para formar árbitros de alto nível e, por conseguinte, dar suporte técnico, físico, psicológico e tático aos árbitros? Terá coragem para reinvindicar junto a FPF que os intrutores de árbitros da futura escola sejam ex-árbitros com notório conhecimento sobre as Regras do Jogo? Vai repetir Afonso Vitor de Oliveira, que da sua redoma, em Londrina, comanda de forma arcaíca e antiética o quadro de árbitros da entidade e da associação? Ou será um presidente atuante, participativo em defesa dos interesses da confraria do apito paranaense. Vamos acompanhar os próximos passos e aguardar quais serão as diretrizes que tomará a arbitragem paranaense, em específico a entidade que representa os árbitros.

Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Carlos Eugênio Simon é a favor de bola de futebol com chip


Foto: Flickr.com
Simon é um dos árbitros mais experientes no Brasil.

Árbitro da Fifa apoia nova tecenologia, mas é contra monitores fora das quatro linhas.

Redação Justiça Desportiva


Com o avanço da tecnologia, o mundo da bola sofreu muitas transformações, mas a odeia de ter um chip na bola de futebol ainda não é bem vista por muitos. Contrariando isso, o árbitro brasileiro Carlos Eugênio Simon se mostrou favorável a tal modernidade, que rejeitada pela International Board, órgão que decide sobre eventuais mudanças na regra do futebol.


"Sou favorável. A questão do gol é fundamental", disse Simon ao 'Arena Sportv'.
Se tal medida fosse aprovada, poderia ser um "alívio" para a arbitragem, mas o custo é bem alto. Simon disse que o custo da bola com esta tecnologia alcança R$ 4 mil, o que faria com que apenas campeonatos e ligas de maior peso pudessem contar com o equipamento. Para defender sua tese, lembrou que o sensor eletrônico na bandeira do assistente também é privilégio para poucos.
Apesar de aprovar a bola com chip, o árbitro declarou ser contrário aos monitores fora das quatro linhas, que poderiam auxiliar o trio em lances polêmicos. Segundo ele, nem sempre as imagens são esclarecedoras.
Árbitro da CBF em 1993 e Fifa em 1997, Carlos Eugênio Simon participou dos Jogos Olímpicos de Atenas 2000, Eliminatórias da Copa do Mundo Fifa de 2002, 2006 e 2010; Copa Libertadores da América de 2000 até o presente. Arbitrou as finais do Campeonato Brasileiro de Futebol de 1998, 1999, 2001 e 2002; Copa do Brasil de Futebol de 2000, 2003, 2004, 2006 e 2010; e Copa do Mundo de Clubes da Fifa de 2002.

Estudo mostra: árbitros do Brasil são os que mais marcam pênaltis


Brasileirão lidera também média por jogo de faltas cometidas. Espanhol lidera nos cartões amarelos, e o Apertura, dos hermanos, nos vermelhos

Atacante que disputa o Brasileirão 2010 e tem pé atrás com arbitragem reclama de barriga cheia. No futebol nacional, caiu na área é pênalti. Em comparação com os principais campeonatos do mundo - Alemão, Argentino, Espanhol, Inglês e Italiano -, os juízes daqui são os que mais apitam apontando logo para a marquinha redonda do tiro livre mais temido pelos goleiros. Os números mostram 120 penalidades máximas marcadas nas 35 rodadas, o que dá média de 0,34 por jogo.

Além da liderança nos pênaltis, o Brasileirão tem também a maior média de faltas cometidas por partida: são 35,6, contra 29,7 da Espanha. É bom lembrar que a competição nacional está na reta de chegada, ao contrário dos demais países pesquisados. Mais tensão nos gramados na corrida pelo título e na luta contra o rebaixamento poderia justificar tais números.
Por outro lado, se no Brasil os atletas cometem mais pênaltis e faltas, a Espanha, detentora do título mundial na África do Sul e que acolhe Messi e os mais galácticos do planeta, apesar de ter apenas 110 jogos nas 11 rodadas de seu campeonato, é a campeã de cartões amarelos: são 646, o que dá média de 5,87, contra 5,32 do vice, o Brasil. O "título" das "tarjetas" vermelhas é da Argentina: por 57 vezes nas 140 partidas em 14 rodadas do Apertura, alguém foi mais cedo para o chuveiro. Média de 0,40. Em segundo lugar, ali, no fotochart, aparece a Espanha, com 0,39.


Curioso é que países com futebol considerado mais pragmático, com ênfase na marcação e postura tática, como Alemanha, Inglaterra e Itália, aparecem mais abaixo na lista em todos os quesitos disciplinares. Para Zico, ídolo maior do Flamengo, que nos anos 80 atuou no Udinese, da Itália, e nas últimas temporadas treinou equipes - como o Fenerbahçe, da Turquia, e o Olimpiakos, da Grécia - que jogaram a Liga dos Campeões, enfrentando as principais forças e lidando com várias escolas de arbitragem, os números têm motivos técnicos e históricos.
- Nesses países o juiz deixa o jogo correr mais, não se marca falta toda hora. É uma questão cultural. O número alto de cartões amarelos na Espanha ocorre, acredito, mais por excesso de reclamação. Os vermelhos na Argentina são por violência mesmo. E os pênaltis no Brasil se devem mais à habilidade do jogador brasileiro dentro da área. Muitas vezes, o atacante faz a jogada nem com o objetivo do gol, mas de sofrer o pênalti. E acaba sofrendo.
Zico cita como exemplo um dos lances polêmicos de Corinthians 1 x 0 Cruzeiro, em que o atacante Thiago Ribeiro arrancou na área, tentou passar por Julio Cesar mas se chocou com o goleiro - o árbitro Sandro Meira Ricci não considerou pênalti.
- Para mim, o Julio Cesar derrubou o Thiago, com o ombro. E o pênalti do Gil no Ronaldo para mim não existiu. Ele não teve a intenção de derrubá-lo - afirmou, colocando mais lenha na fogueira, mas reconhecendo dificuldade na marcação dos lances.
Muitas vezes, o brasileiro faz a jogada na área nem com o objetivo do gol, mas de sofrer o pênalti. E acaba sofrendo."
Zico
Desde 2006 no Arsenal, na Inglaterra, o volante Denilson, cria das divisões de base do São Paulo, faz coro com o Galinho com relação ao futebol inglês.

- A diferença é cultural. Na Inglaterra, o jogo é mais pegado, sempre foi assim. É claro que existem algumas faltas mais duras, violentas. Mas são sempre punidas quando acontece algum tipo de exagero. O jogo fica mais corrido, os árbitros não marcam qualquer coisa. Não é qualquer empurrão ou choque que o juiz apita..

O volante afirma ter se adaptado bem ao estilo inventores do futebol e se diz satisfeito com a arbitragem.

- Não tenho nenhuma reclamação. Aqui existe um critério de faltas, e todo jogador que atua na Premier League sabe como funciona. O quadro de arbitragem não deixa a desejar.

MONTAGEM - Zico , Denilson , Ewerton , Montillo
Zico credita média alta de pênaltis marcados no Brasileirão à habilidade do jogador brasileiro. Denilson e Ewerthon veem arbitragens inglesa e alemã mais rigorosas para marcar uma falta; e Montillo acha que idioma é o seu maior problema com os juízes daqui (Foto: Globoesporte.com / Reuters / AE / AE)

Com duas passagens pelo futebol alemão - Borussia Dortmund e VfB Sttutgart - e uma pelo espanhol - Real Zaragoza -, o atacante Ewerthon, de volta ao Brasil, agora no Palmeiras, aponta as diferenças de critérios. E daí pode vir a explicação dos altos números da Espanha, ao contrário dos outros países europeus.
- Na Alemanha, o estilo de arbitragem é totalmente diferente do brasileiro. Lá o futebol é mais força, os árbitros já estão acostumados com encontrões e entradas mais duras, por isso não marcam qualquer falta. Eles só são rigorosos realmente quando há deslealdade. Já na Espanha é mais parecido. O futebol lá é um dos mais técnicos da Europa. Mesmo assim, não são marcadas tantas faltas quanto no Brasil, deixam o jogo rolar mais.

Um dos destaques do Campeonato Brasileiro, o argentino Montillo, camisa 10 do Cruzeiro e candidato ao título, chegou ao Brasil no segundo semestre. Diplomático, jura que viu pouca diferença nos estilos. O maior problema, segundo o meio-campo celeste, é na comunicação com o trio de arbitragem, na diferença do idioma.
- Em todo lugar o critério é parecido, muda pouco. Quando comecei a jogar aqui, vi que na Argentina os árbitros tinham muito boa visão de jogo. Aqui também, mas é mais difícil conversar com eles, reclamar de alguma falta ou algo que fizeram, não me compreendem. Há profissionais bons por todos os lados. Eles têm de ter vocação, como nós, jogadores de futebol - afirmou, absolvendo, por ora, os homens de preto (ou amarelo, basicamente) tantas vezes criticados.
Fonte: Globo Esporte.com - * Colaborou Thiago Dias - Apito Nacional

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Simon apita Vitória x Corinthians no próximo domingo, no Barradão



Habitué de copas do mundo, o árbitro Carlos Eugênio Simon (foto), conhecido como "maestro dos campos", é a favor do uso de tecnologia nos gramados.
Árbitro apitou três jogos do Timão no Brasileiro, e em todos eles o Alvinegro venceu, e sempre fora de casa

Simon apitará partida no Barradão, em Salvador


O fim do Campeonato Brasileiro está próximo, assim como a carreira de Carlos Eugênio Simon como árbitro de futebol profissional. E nestas duas retas finais, o duelo decisivo entre Corinthians e Vitória, que acontece domingo, dia 21 de novembro, no Barradão, em Salvador, pela 36ª rodada, terá o comando de Simon, após definição em sorteio realizado na tarde desta quinta-feira, dia 18, na sede da CBF.

Carlos Eugênio Simon será auxiliado por Altemir Hausmann, também gaúcho e do quadro da Fifa, e por Julio Santos, também do Rio Grande do Sul. E no retrospecto do árbitro em jogos do Timão neste Brasileiro o Corinthians só tem motivo para agradecer, em meio a tantas polêmicas com a arbitragem nacional.

Nas três partidas do Corinthians que apitou, Simon não viu o clube alvinegro sair de campo com derrota, e todas elas em partidas fora de casa, como ocorrerá no fim de semana. No primeiro turno, vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense, no Engenhão; depois, triunfo na Vila Belmiro, por 3 a 2, em cima do Santos; e vitória por 2 a 0 contra o São Paulo, no Morumbi.

Líder do Campeonato Brasileiro com 63 pontos, o Corinthians já garante, com duas rodadas de antecedência, uma vaga na Libertadores de 2011 se vencer em Salvador, além de seguir isolado na briga pelo título. O Vitória, no 16º lugar, com 39 pontos, luta para se distanciar da zona de rebaixamento.

Acompanhe abaixo, a escala dos apitos para os jogos da 36ª rodada do Campeonato Brasileirão/2010.


Sábado - 19h30
Grêmio x Atlético-PR – Sálvio Spínola Fagundes Filho (FIFA/SP)
Flamengo x Guarani – Wilton Sampaio (DF)
Grêmio Prudente x Ceará – Elmo Cunha (CE)
Domingo – 17h
Vitória x Corinthians – Carlos Eugênio Simon (FIFA/RS)
São Paulo x Fluminense – Heber Roberto Lopes (FIFA/PR)
Botafogo x Internacional – Ricardo Ribeiro (FIFA/MG)
Palmeiras x Atlético-MG – Marcos Chagas (RS)
Domingo – 19h30m
Cruzeiro x Vasco – Leandro Vuaden (FIFA/RS)
Avaí x Atlético-GO – Evandro Rogério Roman (FIFA/PR)
Goiás x Santos – Marcelo de Lima Henrique (FIFA/RJ)

Sérgio Corrêa elogia Ricci


Presidente da Comissão Nacional de Arbitragem diz que lance entre Ronaldo e Gil 'foi muito pênalti' e nega esquema para beneficiar um clube.


O presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Sérgio Corrêa, quebrou o silêncio e elogiou a atuação do árbitro Sandro Meira Ricci na partida entre Corinthians e Cruzeiro, realizada no último sábado, pelo Brasileirão. Em entrevista ao jornal "O Estado de São Paulo", Corrêa considerou que Ricci acertou ao marcar pênalti de Gil em Ronaldo. E reagiu às críticas vindas do Cruzeiro, dizendo não aceitar que se queira "crucificar" o juiz e citando erros de jogadores do clube em outros jogos.


- Eu até tento entender que tudo isso se dá no calor de uma reta final de competição, com todo mundo tenso. Mas não aceito que queiram crucificar meu árbitro. Será que vão querer crucificar também o Wellington Paulista, pelo gol feito que perdeu lá atrás (se referindo a lance na derrota do time para o Vitória por 1 a 0, em 22 de agosto)? E o que vão fazer com o Montillo, que jogou fora um pênalti na partida contra o Atlético-MG (derrota do Cruzeiro por 4 a 3)?


Sobre o lance que decidiu o confronto entre dois candidatos ao título brasileiro, Corrêa foi enfático.


- Não se deve dizer apenas que foi pênalti. Foi muito pênalti. E a jogada com o Thiago Ribeiro (que reclamou de pênalti em dividida com o goleiro Julio Cesar) não pode ser caracterizada como pênalti. Não houve ali falta do goleiro.


O presidente da Comissão da Arbitragem considerou que o Sandro Meira Ricci errou em dois lances em que foram apontados impedimentos de jogadores do Cruzeiro. Mas minimizou a influência das falhas no resultado da partida. E descartou uma punição ao árbitro.


- De tudo que alegaram naquele jogo houve apenas dois erros do Sandro, em dois impedimentos do ataque do Cruzeiro. Um deles numa jogada sem risco aparente para o Corinthians. No outro, sim, havia perigo de gol. Mas o número de acertos do Sandro foi infinitamente superior naquela partida. Como puni-lo? Foi muito bem e é um dos melhores árbitros do nosso quadro - garantiu.



Sobre as declarações do presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, que o chamou de "safado" e incompetente, Corrêa indicou que poderá processar o dirigente.


- Vou esperar primeiro a decisão da Justiça desportiva. Mas meu advogado está trabalhando. Não admito ser atingido na minha honra. Tenho um nome a zelar, trabalho com seriedade e honestidade há mais de 30 anos. Não há um quê que possa falar de mim.


Ele reagiu também à posição do meia Roger, que insinuou que o Corinthians seria beneficiado pelas arbitragens.


- Isso é ridículo. Assumi a presidência da Comissão de Arbitragem da CBF em 2006. No ano seguinte, o Corinthians foi rebaixado para a Série B. Em 2008, o Corinthians perdeu a final da Copa do Brasil para o Sport. No mesmo ano, o Vasco caiu para a Segunda Divisão. Não tem esquema nenhum, tem seriedade, trabalho com honestidade e dedicação. Que esquema é esse? Onde está o esquema? Quero que alguém me diga que esquema é esse.


Corrêa revelou que se reuniu com o diretor de futebol do Cruzeiro, Dimas Fonseca, dias antes da partida do clube mineiro contra o Corinthians. E no encontro, reagiu à tentativa do dirigente de sugerir árbitros para o jogo no Pacamebu.


- Eu expliquei os nossos critérios de escolha para o sorteio da escala. Mas, quando ele começou a sugerir nomes para o jogo com o Corinthians, falou por exemplo do Marcelo (de Lima Henrique), que é excelente, eu interrompi a conversa: "pode parar, por favor, não é por aí". Se pedir que eu escale os melhores à disposição, eu posso levar isso em consideração. Agora vir aqui para apresentar nomes, isso não, de jeito nenhum.



Por GLOBOESPORTE.COM
São Paulo e Safergs

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Simon e refscal juntos contra o câncer



O árbitro de futebol Carlos Eugênio Simon, em parceria com o Instituto do Câncer Infantil do Rio Grande do Sul (ICI/RS) e a Refscall Bandeira Eletrônica, firmaram um convênio para promover a Campanha “Apito do Bem”, uma iniciativa em pról do ICI/RS, para arrecadar fundos para seus projetos sociais e o trabalho que realiza há anos.
A campanha envolve arrecadação de fundos por meio de doações e parceria com empresas engajadas no projeto. Além disto, será promovido um leilão com os equipamentos de arbitragem que Simon vai usar em sua última partida da carreira.


O leilão será realizado no mês de dezembro de 2010 e pessoas físicas e jurídicas podem participar e dar o seu lance. Quem ofertar o maior valor pelos equipamentos arremata o prêmio. Será leiloado um conjunto contendo:
* Apito profissional Fox 40 Sharx
* Cartões amarelo e vermelho (autografados)
* Bandeira Eletrônica Refscall
Um dos maiores nomes da arbitragem de futebol do Brasil e do mundo, Carlos Simon participou de 3 Copas do Mundo (2002, 2006, e 2010) e se tornou o árbitro que mais apitou jogos do Campeonato Brasileiro na história, além de ter atuado em inúmeras finais de campeonatos estaduais e nacionais.
O ICI/RS, sediado em Porto Alegre, é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, referência para o tratamento do câncer na América Latina, atingindo um índice de cura de 70% nos casos atendidos. O instituto atua com assistência, ensino, pesquisa e desenvolvimento do tratamento do câncer infantil.
A Refscall — marca internacionalmente reconhecida da bandeira eletrônica para árbitros de futebol mais vendida no mundo, com representação e distribuição oficial no Brasil — cedeu seu equipamento para o leilão beneficente.
Visite o site da campanha: http://www.apitodobem.com.br


PS: Nosso planeta necessita desesperadamente de modelos dignos de serem seguidos. Heróis autênticos. Pessoas íntegras, cujas vidas nos inspirem a ser melhores, a subir mais alto, a nos destacar. Isto sempre foi verdade. Aliás, a atitude de Carlos Eugênio Simon (Fifa-RS), é própria de uma página histórica, demonstrada em seu contexto, o amor pelos atingidos por tamanha enfermidade, o que é motivo, não apenas de anotações isoladas com pertinência, mas representando o ato pioneriro que o Brasil futebol deveria empreender.

Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com

Audiência pública



Fifa convoca entrevista coletiva quando há erros de arbitragem e polêmicas; CBF devia usar exemplo
VALDIR BICUDO



Em todas as competições sob a sua jurisdição, quando ocorrem equívocos de arbitragem que provoquem polêmicas de ingente repercussão, a Fifa convoca uma entrevista coletiva. Seria o caso do acontecido no Corinthians x Cruzeiro, no sábado, no Pacaembu.
O assunto em debate seria a interpretação de casos como o do pênalti de Gil, do Cruzeiro, em Ronaldo, do Corinthians, objetivando esclarecer a opinião pública, os atletas, as equipes, os dirigentes e a imprensa. Esclarecem-se, à luz da regra, os lances que suscitaram controvérsias e expõem de forma clarividente a tomada de decisão do árbitro ou dos assistentes dentro do retângulo verde. Se isso foi ou não de acordo com a regra.
O objetivo tem como escopo, segundo José Maria Garcia Aranda, preparador técnico dos árbitros da Fifa, desviar os holofotes e amenizar a pressão sobre aquele que foi o condutor da partida – no caso, o árbitro.
O procedimento em tela vem sendo adotado pela Uefa em todas as oportunidades em que se defronta com situações como a que aconteceu com o árbitro Sandro Meira Ricci, no final de semana, e a aceitação tem sido a melhor possível. Nos últimos 45 dias, Vitor Pereira, o homem forte da arbitragem de Portugal, diante de várias tomadas de decisões equivocadas no campo de jogo pelos seus comandados, convocou duas entrevistas coletivas com a imprensa lusitana. Ele explicou os prós e os contras dos árbitros portugueses. Os resultados foram auspiciosos e o nível qualitativo da arbitragem lusa teve um acentuamento.
Apesar da política e filosofia supra indicada ser condutora de manifestação oportuna, pois só assim a opinião pública toma conhecimento da realidade real do futebol, o Brasil embora seja a terra do futebol hoje considerado, assim não procede. Mas diante dessa importante aplicação adotada pela Fifa, Uefa e Federação Portuguesa, poderia a CBF instituí-la nesta reta final do Brasileirão/2010 e denominá-la de “audiência pública”. Seriam convocados para isso os torcedores, árbitros, mídia e, principalmente, jogadores e cartolas.
A CBF também poderia, através de Resolução Interna de Diretoria, determinar a implementação desse tipo de audiência pública já para os campeonatos estaduais, e, por extensão, estendê-las para as próximas competições da entidade a partir do ano que vem. Isso faria com que os presidentes das Comissões de Arbitragens, sempre que haja dúvidas dolorosas dos lances de forma grave ou não por parte da arbitragem, sejam convocados a explicá-las. Por conseguinte, seriam convocados os interessados para a correspondente explicação, podendo dar a premissa correta dos acontecimentos: isto é, se o árbitro errou ou obedeceu as normas.
Fonte: Justiça Desportiva

Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Furacão é multado em R$ 20 mil por desordem na Arena da Baixada


Foto: Ciciro Back
Atlético 2 x 2 Fluminense, em outubro: Arena em julgamento.

STJD puniu o clube por considerá-lo responsável pelo machucado no dedo de torcedor do Fluminense

José Geraldo Azevedo - Justiça Desportiva



O Atlético/PR não conseguiu demonstrar que não tinha responsabilidade quanto a uma confusão ocorrida nas arquibancadas da Arena Baixada e foi multado em R$ 20 mil na sessão desta terça-feira, dia 16 de novembro, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Os auditores da Segunda Comissão Disciplinar decidiram também absolver a Federação Paranaense de Futebol, após denúncia por atraso.


No dia 24 de outubro, na partida entre Atlético/PR e Fluminense, um torcedor do clube carioca, após machucar o dedo, fez queixa na polícia e o caso foi relatado na súmula. O Furacão foi então denunciado no artigo 213, inciso I (deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto), do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
No tribunal, o advogado Domingos Moro revelou ter ficado surpreso quando leu a denúncia, pois, segundo ele, o árbitro não fala nada de tumulto, diz apenas que ao final do jogo recebeu o Boletim de Ocorrência: "Em todos os processos, o Atletico/PR foi absolvido e o Procurador foi exagerado na denúncia. O código diz previna e reprima. Fizemos as duas coisas, então não é caso de punição. Assim, pedimos a absolvição", disse Moro.
No entanto, os auditores do STJD não ficaram convencidos da inocência do clube no caso e por maioria de votos decidiram multá-lo por R$ 20 mil.
Na mesma ocasião, a Federação Paranaense de Futebol foi julgada por constar na súmula um atraso de cinco minutos em razão da execução dos hinos Nacional e Paranaense na partida contra o Fluminense. A entidade foi denunciada no artigo 191, inciso III (deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento de regulamento, geral ou especial, de competição), do CBJD.
Em sua sustentação, a advogada Renata Oliveira pediu a absolvição da entidade, alegando que a obrigação de fazer com que o horário fosse cumprido era do delegado do jogo e não da federação. E a defesa foi bem recebida pelos auditores, que decidiram não aplicar pena ao clube.

Carpegiani analisa polêmicas do jogo do favorito ao título


Técnico isenta o árbitro Sandro Meira Ricci e diz que Corinthians leva vantagem por depender só de si
Renata Lutfi/Justiça Desportiva

Carpegiani comenta pênalti polêmico
A polêmica da semana não foi assunto apenas no Corinthians. Após o árbitro Sandro Meira Ricci dar pênalti aos 43 minutos do segundo tempo no jogo entre Corinthians e Cruzeiro, em Ronaldo, que terminou com o gol convertido pelo próprio, deixando o Alvinegro na liderança isolada da competição, sobrou até para Paulo César Carpegiani, técnico do São Paulo, comentar o lance. Além de concordar com a marcação, o treinador acha que dificilmente alguém tira o título do rival.


"Para muitos foi simulação de Ronaldo, para outros, pênalti claro. Foi uma precipitação do zagueiro, não tem nada do que reclamar", disse o comandante são-paulino, que afirmou ter visto o lance depois, não na hora do jogo, uma vez que acompanhava a partida entre Santos e Grêmio.
Além do lance pró-corinthians, o time mineiro ainda reclama de duas penalidades não assinaladas por Sandro Meira Ricci em Thiago Ribeiro, que foi derrubado pelo goleiro Júlio César. "Muitas vezes, o juiz marca pênalti nesses lances, mas pela televisão você que não toca. Não foi pênalti", comentou César Carpegiani.
Por outro lado, Carpegiani falou de lances que podem ser considerados capitais e não ganharam a devida atenção, deixada apenas para o pênalti dado. "Houve dois ou três lances capitais de impedimento em que o Cruzeiro foi tremendamente prejudicado. Ainda teve uma falta do zagueiro William em cima do Thiago Ribeiro bem na entrada da área", opinou o treinador.
Antes da partida, Corinthians e Cruzeiro tinham os mesmos 60 pontos. Ao término, com o gol de pênalti, o Corinthians abriu três pontos de vantagem para o time mineiro e assumiu a liderança isolada. Revoltados, o técnico Cuca e o presidente Zezé Perrella, ambos do Cruzeiro, reclamaram intensamente do árbitro, e tiveram apoio dos jogadores, que por sua vez sugeriram até que São Paulo e Palmeiras entregassem suas partidas contra o Fluminense para o time carioca. O Flu ostenta 62 pontos, um atrás do Timão.
"No futebol, o time que está na frente é o que tem mais possibilidades, porque não depende do 'se'. Quando você depende de outras situações é complicado. Quem está na frente depende apenas de si e passa a ser o favorito", disse o treinador, apontando o time do Parque São Jorge como favorito ao título.