quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Perdas dolorosas

No próximo dia 31 de dezembro do ano em curso, termina o mandato da atual diretoria da Associação Profissional dos Árbitros de futebol do Estado do Paraná, a única do Brasil, presidida por Afonso Vitor de Oliveira. É bom lembrar que o mandato da atual diretoria foi prorrogado até dezembro deste ano em Assembléia Geral no ano passado. Diante deste fato, há indícios de um movimento nos bastidores da confraria do apito paranaense, para o lançamento de alguns nomes para concorrer a presidência da entidade, com gente nova, com uma visão diferenciada do status quo que hoje comanda os destinos da arbitragem paranaense.
Digo gente nova, porque alguns nomes que hoje estão à frente do comando da Associação dos Árbitros do Paraná, são oriundos da gestão de Nelson Orlando Lehmkhul, que presidiu a entidade de 1986 até 2003, cujo desfecho foi profundamente lamentável. Feito este preâmbulo, lembro aos árbitros de futebol e associados da (APAF) do significado da próxima eleição da associação, porque a partir de 2004, os homens de preto do Paraná sofreram uma sequencia de perdas conquistadas como nunca se viu nos anais da arbitragem paranaense, e nada, absolutamente nada foi feito para a reconquista das perdas que vou nominar abaixo. Se houver alguma dúvida dos novos árbitros sobre as perdas consultem por exemplo, os ex-árbitros Airton Nardelli, Ivo Tadeu Scátola, Luis Carlos Pinto de Abreu, Valdir Festugatto e outros....

A primeira perda, foi a subtração de 1% sobre a renda dos jogos do campeonato paranaense, a que o quarteto de arbitragem tinha direito, conquista esta obtida em 1988. A segunda, foi a subtração de viajar de ônibus leito. E se há dúvida nesta quesito façam um cálculo da ajuda de custo e todos verão a dimensão da perda. A terceira foi a mudança de mala e cuia da Associação dos Árbitros da sua sede própria no Edifício Asa em Curitiba para as dependências do Pinheirão, que está interditado há mais de três anos e tirou o último resquício de independência da classe em relação a Federação Paranaense de Futebol. Se quiser se reunir a categoria tem que pedir “penico” à FPF ou então locar um local. E, a última perda dos apitos do Paraná, foi a taxa de inscrição que desde 1988 pertenceu à Associação dos Árbitros, mas a partir de 2009, parte foi destinada à FPF conforme anunciado no final do ano aos associados e devidamente confirmado pelo tesoureiro Wagner Vicentin, e este ano, a Federação Paranaense de Futebol exigiu que os árbitros pagassem aquela taxa à entidade no valor de (R$ 175.00) - o que transformou a associação num peleguismo nunca antes visto. Além do exposto, os árbitros de futebol do Paraná descontam 5% da taxa de arbitragem em favor da associação nos jogos do campeonato estadual e foram “convidados” a pagar (R$ 20.00 X 12) à associação. Feito os reparos referidos abre-se aos árbitros a oportunidade de escolher o melhor caminho para o futuro. Ou se elege uma diretoria que pense e proceda diferente do que a que aí está, ou então a maioria esmagadora dos apitos paranaenses continuará a ocupar a última classe do último vagão da locomotiva. É você que escolhe. A hora está chegando!

Valdir Bicudo-apitodobicudo.blogspot.com

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