segunda-feira, 19 de julho de 2010

Antigos aliados de Cury também reclamam da FPF

Felipe Lessa
Todas as divisões do Campeonato Paranaense passaram por ameaças de desistências de clubes em 2010. No início do ano, o Toledo ficou perto de fechar as portas. Recentemente, na fase final da Divisão de Acesso, foi a vez da Portuguesa Londrinense cogitar sair de cena. “É que não custa menos de R$ 400 mil participar de todo campeonato. Isso para um time razoável da elite ou então que dispute a Segundona. Está aí a dificuldade”, explica o presidente da Lusinha, Edson Moretti.

Os valores, segundo o dirigente, incluem gastos como registros na federação, pagamento de atletas, locomoção, hospedagem e materiais de treinamento. “Situação triste, né? Mandamos mais de 50 ofícios para empresas de Londrina e região. Estou até agora esperando respostas”, lamenta Edson Moretti.
Mesmo antigos aliados da atual gestão da Federação Paranaense de Futebol reclamam da entidade. Um deles é o presidente do Maringá Iguatemi, Aldir Mertz. “Sempre que éramos convocados para as reuniões (de campanha de Hélio Cury), a gente estava lá, fosse em Guarapuava, Campo Mourão ou Paranavaí. Participamos também da prorrogação do mandato, da assembleia, pois a proposta era de moralização”, disse o dirigente, que agora critica a falta de diálogo.

O clube maringaense estava cotado para a disputa da Terceirona estadual, que começa em agosto, mas o dirigente alega não ter conseguido renovar o alvará de funcionamento por pendências relacionadas a arbitragens. “Ele não retornou mais nenhuma ligação, quando eu pedia para parcelar umas dívidas. Colocar a corda no pescoço dos clubes não é moralizar”, protestou Mertz, que afirma ter mandado um representante à FPF com R$ 2 mil em dinheiro para regularizar a situação de seu time. No entanto, a falta de diálogo fez com que ele voltasse à Cidade Canção sem a documentação.

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